Decidido a ser referência nacional em alta complexidade, o Hospital 9 de Julho, de São Paulo, vai inaugurar no segundo semestre de 2012 um novo Centro Integrado de Medicina Especializada. O empreendimento conta com uma aplicação de R$ 32 milhões, onde R$ 25 mi são destinados à construção do prédio e os outros R$ 7 milhões investidos em aquisição de novos equipamentos.
Com nove centros médicos, o objetivo do hospital é reunir em um só local diferentes especialidades, englobando também exames, tratamento e acompanhamento. ?A iniciativa tem como meta oferecer aos pacientes diagnóstico por imagem e moleculares no mesmo endereço?, afirma o diretor geral do Hospital 9 de Julho, Paulo Curi.
De acordo com a diretora técnica do Hospital 9 de Julho, Regina Tranchesi, a instituição pretende reunir em um mesmo local diferentes especialidades para tratar os pacientes de forma sistêmica. ?Desta forma, possibilitamos que o indivíduo seja tratado de todas as formas possíveis para aquele problema por uma equipe multidisciplinar?.
Regina dá o exemplo de um paciente diabético e lembra que a patologia pode afetar ao mesmo tempo coração, visão, causar feridas entre outras complicações. ?No Centro Integrado de Medicina Especializada, ele será tratado de todos esses problemas ao mesmo tempo?.
Além do Centro Integrado de Medicina Especializada, o Hospital 9 de Julho está trabalhando no projeto de construção de uma nova torre dedicada apenas a apartamentos. O investimento realizado é de R$120 milhões e será finalizado no segundo semestre de 2014. Com essa expansão o hospital terá 120 leitos a mais, fazendo com que o a instituição passe a ter 420 leitos.
Por que alta complexidade?
O diretor geral do Hospital 9 de Julho, Paulo Curi, conta que o grande ativo da instituição é o seu corpo clínico. ?Trabalhamos para ter uma competência médica presente 24 horas, possibilitando que os pacientes sejam atendidos por profissionais gabaritados desde a emergência?.
Esse é o principal motivo pelo qual a instituição tem a intenção de atuar de forma intensiva em alta complexidade. Para se inserir neste escopo, Curi diz que é preciso considerar três pilares: estrutura de atendimento, tecnologia em termos de equipamento e competência médica instalada. ?O corpo clínico capacitado nós já trabalhamos, estamos investindo na infraestrutura e aquisição de soluções médicas?.
Entre as modificações realizadas na estrutura da instituição, tem-se também uma reconstrução do conceito de emergência. Cury conta que esta área do hospital é composta pelo pronto-socorro, diagnóstico leve e pesado, centro cirúrgico e uma UTI disponível para esse departamento. Esses departamentos foram projetados estrategicamente para que o paciente não fique andando dentro da instituição para ter assistência.
Desta forma o hospital visa garantir que o tempo entre a chegada do paciente até às intervenções seja reduzido. Tal fato é um dos motivos que possibilita que o hospital se credencie a oferecer atendimento de alta complexidade.
A Regina acredita que a diminuição da burocracia é uma forma de otimizar a qualidade do atendimento e ganhar tempo em casos mais graves. Ela conta que se um paciente chega em estado grave, recebe atendimento direto e não precisa de autorização para fazer exame. Ou se a pessoa chega com uma dor no peito é providenciado um eletrocardiograma.
Para se colocar como referência em traumas, o hospital também se assegurou em disponibilizar ortopedistas capazes de cuidar de sangramento de bacia, considerado a principal causa de morte por trauma.
Veja a seguir as 9 divisões que farão parte do Centro Integrado de Medicina Especializada
Centro de Referência em Coluna
Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional
Centro de Gastroenterologia
Centro de Medicina do Exercício e do Esporte
Centro de Oncologia
Centro de Ortopedia
Centro de Rim e Urologia
Centro de Trauma
Núcleo de Diabetes