Imagina um hospital que conte com soluções de inteligência artificial, um pronto-socorro digital, veículos elétricos que são protótipos para ambulâncias do futuro e atendimentos através da tela de um computador. Futurista demais? Algo que você só viu em filmes e na famosa série de animação “Os Jetsons”? Pois acredite, esse tipo de tecnologia já está à serviço da população!
O conceito, conhecido como Hospital 4.0, já vinha se desenvolvendo ao longo dos anos e foi acelerado com a pandemia, oferecendo um ambiente muito mais ágil, seguro, eficaz e de alta qualidade, sem o risco de contaminação pela Covid-19. Com diversas tecnologias aplicadas, é possível criar um hospital inteligente e conectado, em que as rotinas e os processos sejam otimizados e os profissionais de saúde consigam agir com mais agilidade e assertividade. Uma premissa importante é que nesse conceito, os pacientes são o centro do processo.
Um exemplo disso é o Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, que possui diversas iniciativas neste sentido, por meio do Inova HFA. A proposta é transformar a unidade em uma espécie de laboratório, onde acontece a incubação e aceleração de projetos inovadores para escalar esses sistemas e produtos validados no HFA para unidades de saúde de todo o país.
Quem chega para ser atendido no HFA já se depara com câmeras térmicas, que medem rapidamente a temperatura de várias pessoas, simultaneamente – medida essencial no combate à pandemia da Covid-19. Mas, como isso é possível?
Em ação, subsidiando as equipes assistenciais, está o primeiro robô cognitivo gerenciador de riscos do mundo, o Sistema de inteligência artificial Laura, com a missão de identificar antecipadamente os riscos de deterioração clínica. Implementada desde março no hospital, por meio de um acordo de cooperação entre HFA, MCTI, Instituto Laura Fressatto e Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), a IA opera analisando mais de 90 variáveis de informações clínicas, que vão desde a frequência cardíaca até resultados de exames do paciente.
O Hospital conta ainda com a solução de Pronto Atendimento (PA) Digital do Robô Laura, onde um chat-bot tira dúvidas sobre o novo coronavírus ou queiram conferir se estão com sintomas característicos da doença, sem sair de casa, em uma triagem online no site da instituição. A solução ajuda a evitar aglomerações e diminuir idas desnecessárias ao pronto atendimento.
Outra solução remota é o atendimento via telemedicina, que permite o usuário ser atendido, 24 horas por dia, sete dias por semana. Por meio de um computador ou outro dispositivo móvel, pacientes e equipes médicas se conectam de onde estiverem. Para integrar os sistemas de telemedicina e do PA Digital do Laura, o hospital ainda criou o Smart HFA, uma plataforma de atendimento médico digital em experimentação. A iniciativa alia a triagem feita pela IA com o teleatendimento e, se for indicação do médico, o paciente pode ser encaminhado para atendimento presencial no HFA. A plataforma é uma cooperação entre Ministério da Defesa (MD) e MCTI e conta com parceria do Instituto Laura Fressatto e o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).
A partir deste cenário, o que acha de falar sobre o conceito de Hospital 4.0, utilizando o Hospital das Forças Armadas como case?
Para falar sobre o assunto sugiro falar com o Antônio Carlos F. Nunes, Diretor de Serviços e Soluções da RNP, que tem apoiado o HFA na construção desse hospital inteligente. A entidade, por meio de um acordo de cooperação, possibilitou a implementação do Sistema Laura, além da utilização de soluções como ConferênciaWeb, IPCEdu Certificação Digital, FileSender, Vídeo@RNP e Videoconferência, garantido a qualidade de transmissão de dados, alta disponibilidade, desempenho e segurança e uso de serviços.
Além disso, o HFA é também é um dos associados a Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), que integra as principais instituições de ensino e pesquisa e hospitais de referência do país, para troca de experiências sobre saúde e aprimoramento de projetos em telemedicina.