O Hospital Oswaldo Cruz, o Sírio Libanês, o Instituto Dante Pazzanese, o Hospital do Coração, de São Paulo, e a Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), programaram diversas ações de combate ao vício do fumo no Dia Mundial de Combate ao Tabagismo, comemorado no dia 31, segunda-feira. A Faculdade de Medicina do ABC, por meio do Centro de Pesquisas de Oncologia e das disciplinas de Pneumologia, Cardiologia e Psiquiatria, dará início a uma campanha voltada para a conscientização, tratamento e combate ao tabagismo.
As ações serão divididas em duas etapas. A primeira acontece no próprio dia 31, quando os alunos da Faculdade participam de um ciclo de palestras que aborda as conseqüências do tabagismo. Estão programados temas como “Panorama do Tabagismo no Brasil e no mundo”, “Programas de Prevenção” e “Pesquisa em Câncer de Pulmão”.
A iniciativa visa preparar os discentes para a segunda etapa da campanha, programada para 29 de agosto, Dia Nacional de Combate ao Fumo e aniversário de um ano do “Ambulatório de Combate ao Tabagismo da Faculdade de Medicina do ABC”, o primeiro da região a prestar esse tipo de atendimento gratuitamente. Na ocasião serão promovidas diversas atividades educativas e abertas à população, além do atendimento aos tabagistas, realizado por médicos e alunos da FMABC.
O Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC) promove na segunda-feira a palestra gratuita “Dia Mundial Sem Tabaco: Experimente ficar 24hs sem fumar!”, aberta ao público, para divulgar as mais recentes técnicas de tratamento para deixar o vício e também alertar a população sobre os males causados pelo fumo.
Cerca de 200 mil pessoas morrem no Brasil anualmente em decorrência de doenças causadas pelo tabagismo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo mundo. A gravidade desse panorama vem mobilizando governos, instituições e organizações na luta contra o fumo. Os gastos no tratamento de doenças causadas pelo tabagismo superam US$ 200 bilhões em todo mundo.
Já o Hospital Sírio-Libanês vai promover uma campanha interna de conscientização, com o objetivo de criar um ambiente livre de cigarro. Os funcionários do hospital receberão uma carta informativa junto com o holerite e a ficha de inscrição para o tratamento. Bottons que marcam a iniciativa também serão distribuídos.
Uma exposição itinerante percorrerá o hospital com painéis e vídeos que retratam todas as ações desenvolvidas pela instituição desde 1999. Durante o dia haverá sorteio de camisetas no refeitório e todos aqueles que manifestarem interesse em parar de fumar e responderem a ficha de inscrição, serão incluídos, de imediato, no protocolo de atendimento. Para o tratamento proposto, está prevista uma abordagem medicamentosa com orientação do médico do Trabalho, juntamente com sessões de apoio psicológico. Através da Medicina do Trabalho, os funcionários serão orientados e acompanhados – não só nas 8 semanas que dura o tratamento – mas por um período de um ano, já que este é o tempo em que ocorrem os maiores índices de recaídas. O Hospital Sírio-Libanês também possui um programa de tratamento para fumantes voltado ao público externo.
O Instituto Dante Pazzanese, da Secretaria de Estado da Saúde, realiza nesta segunda-feira, das 8h às 17h, uma campanha de orientação sobre os males do cigarro para os pacientes e acompanhantes durante todo o dia.
Além da distribuição de folhetos sobre os males causados pelo fumo, médicos, psicólogos e assistentes sociais orientarão a população sobre os tratamentos disponíveis para largar o vício.
Há um ano o Dante Pazzanese trabalha na recuperação de dependentes do tabaco por intermédio do Tratamento Cognitivo Comportamental. Os resultados apontam que 30% dos pacientes já conseguiram se livrar do fumo. Reuniões semanais e acompanhamento com nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e médicos servem de apoio ao paciente.
O HCor – Hospital do Coração, de São Paulo promove na segunda-feira uma palestra especialmente criada para os jovens, reunindo cerca de 100 estudantes de escolas públicas. Psicólogas, nutricionistas e fisioterapeutas do hospital explicam porquê não é recomendável ao jovem nem mesmo experimentar o cigarro “por curtição”. Segundo os profissionais da instituição de saúde, se garantir consciência e informação às crianças, muitas, quando chegarem à adolescência não cederão às pressões típicas da idade que contribuem para o ingresso no vício. Nessa fase da vida as pessoas estão mais suscetíveis às mensagens publicitárias e à influência dos amigos. Em pouco tempo, alguns resolvem tragar o cigarro dizendo ser só por brincadeira ou para saber o gosto que tem. Quando vêem, já são dependentes do tabaco e, mesmo querendo, têm dificuldade em abandonar o vício.