Ao longo dos últimos anos, um grupo de hospitais privados brasileiros vem se consolidando como centros de excelência técnica e referência em pesquisa, gestão e formação de residentes. A maioria destes hospitais faz parte da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), que reúne 40 das maiores e mais importantes instituições hospitalares do País.

Estas instituições privadas padronizaram protocolos de atendimento e procedimentos médicos, investiram em aquisição de modernos equipamentos e no tratamento de doenças de alta complexidade, entre diversos outros aspectos. Num passado não muito distante, o que se percebia é que o caráter de excelência estava relacionado às instituições vinculadas a entidades acadêmicas.

Para atingir um alto padrão de excelência técnica e desenvolver programas de aprimoramento contínuo, estes hospitais privados vem investindo fortemente em informação clínica, qualidade e, principalmente, segurança na assistência. As instituições também se sobressaem no papel que desempenham na formação de médicos residentes, em várias áreas da medicina e na capacitação e especialização de profissionais de saúde da área de enfermagem e fisioterapia.

Este movimento do setor de saúde suplementar brasileiro é similar ao que foi implementado pelos sistemas de saúde de países mais desenvolvidos como Inglaterra e Estados Unidos. No Brasil, os exemplos que confirmam este novo panorama nos serviços de saúde privados são inúmeros.

Nos últimos anos, o investimento para a pesquisa clínica ganhou impulso. Institutos de Ensino e Pesquisa e Centros de Estudos já estão presentes em cerca de 90% dos hospitais de ponta do país. Destes, 90% possuem atividades regulares de ensino – com cursos de extensão e especialização – voltadas aos profissionais de saúde, administradores e gestores.

Em paralelo ao investimento em pesquisa e ensino, está a capacitação contínua do corpo clínico e assistencial dos hospitais. A participação nas atividades de ensino e a atualização constante dos profissionais são elementos constantemente avaliados pelas instituições. Cerca de 50% dos hospitais privados já tem implantados instrumentos de avaliação do corpo clínico aberto.

O investimento em gestão do conhecimento, que tem resultados de médio e longo prazos, tem importante papel neste contexto. Somam-se a isso, a implementação de programas de indicadores de qualidade, serviços diferenciados no atendimento aos pacientes, investimentos em programas de Acreditação, entre inúmeros outros pontos.

Evandro Tinoco Mesquita, Coordenador do Projeto Melhores Práticas Assistenciais da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP)

Denise Schout, Responsável Técnica do Projeto Melhores Práticas Assistenciais da ANAHP

Miguel Cendoroglo Neto, membro do Conselho Deliberativo da ANAHP