A Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP) avalia como positiva a proposta de mudança nas regras de migração dos planos antigos (anteriores à Lei 9656-98) para os novos contratos. O objetivo é criar regras para que a migração torne-se facultativa – a proposta atual é de que a mudança seja compulsória. A idéia foi apresentada ontem, em Brasília, durante encontro da Agência Nacional de Saúde (ANS) com representantes das operadoras de planos de saúde (Fenaseg e Abramge), órgãos de defesa do consumidor e prestadores de serviços.
Para o presidente da ANAHP, Reynaldo Brandt, a proposta é boa porque atende aos interesses dos planos de saúde, e dá poder de escolha ao consumidor de migrar ou não para os novos planos. “É muito melhor do que editar uma Medida Provisória obrigando a migração em massa, sem observar que 65% dos planos hoje não têm condições de mudança.”
De acordo com a nova proposta, a migração facultativa poderia ser feita de três maneiras: 1) os usuários de planos antigos poderiam adaptar suas coberturas pagando um valor adicional; 2) o consumidor poderia adquirir planos novos sob condições especiais, com certo favorecimento para quem tem planos antigos; 3) cria-se regras específicas de adaptação para os planos que não podem ser migrados.
“Para nós, prestadores de serviços, a proposta também é positiva, já que não temos mais nada a perder”, diz. Ele acredita que a flexibilização das regras irá permitir que um número maior de pessoas tenha acesso aos hospitais privados que dispõem de tecnologia de ponta para o atendimento. Desde 1999, com a vigência da Lei 9656-98, mais de 5 milhões de brasileiros deixaram de ter convênio médico. A nova legislação, em sua tentativa de criar proteções ao consumidor, tornou o setor praticamente insustentável com contratos inviáveis.
Hospitais privados apóiam mudança nas normas de migração dos Planos de Saúde
Flexibilização irá permitir que um número maior de pessoas tenha acesso aos hospitais privados que dispõem de tecnologia de ponta para o atendimento
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