Clínicas e hospitais – públicos e particulares – que realizam o exame adotarão o Programa Nacional de Qualidade em Mamografia. O programa já está em vigor e foi efetivado pelo Ministério da Saúde por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União.

A nova portaria é resultado de um estudo viabilizado financeiramente pelo Instituto Avon em 2008 e realizado por Instituto Nacional de Câncer (Inca), Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Serviços de 53 unidades SUS nos municípios de Porto Alegre, Belo Horizonte e Goiânia, e no estado da Paraíba, passaram por análises de qualidade dos equipamentos e das avaliações de radiologistas e profissionais envolvidos com o exame, de acordo com normas e padrões de qualidade da Anvisa e CBR.

Segundo o Inca, exames realizados têm apresentado resultados muito aquém do esperado. Estima-se que 60% das mamografias realizadas em todo o Brasil contenham erros, sujeira, impressões digitais, revelações mal feitas, chapas tremidas ou riscadas, filmes inadequados para este tipo de exame e a utilização errada do aparelho são alguns dos equívocos mais comuns e que acabam levando a um diagnóstico errado ou tardio.

A partir de agora, esse quadro deve começar a mudar. De acordo com a nova norma, serão avaliadas imagens da mamografia, laudo médico, capacitação dos profissionais de saúde e taxa de detecção de câncer de mama pelo exame.

O monitoramento anual será feito por comitê com representantes do ministério, da Anvisa, do Inca e de sociedades médicas. A Agência Nacional de Saúde Suplementar será responsável por baixar norma obrigando os planos de saúde a contratarem somente prestadores de acordo com o programa.

A mamografia deve ser feita regularmente por mulheres com mais de 40 anos de idade. ?É fundamental para a detecção precoce e o tratamento adequado do câncer de mama que a qualidade dos exames mamográficos seja incontestável?, destaca Cipriani.

O Inca estima 52.680 novos casos de câncer de mama este ano no Brasil. Segundo a diretora médica do Instituto Avon, Rita Dardes, mamografias

?Quando a doença é detectada no início, 95% dos casos têm cura?, garante Dra. Rita Dardes, diretora médica do Instituto Avon. mamografias feitas regularmente reduzem em até 35% o risco de mortalidade.