As Secretarias de Estado da Saúde e da Justiça fecharam uma parceria para a realização de testes de DNA em diversos instituições do interior paulista. Em seis meses os hospitais estaduais de Araçatuba, Bauru, Campinas, Marília, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São José do Rio Preto, Sorocaba e Taubaté realizarão a coleta de sangue para identificação de paternidade por intermédio de teste de DNA. A Secretaria de Estado da Saúde disponibilizará as dependências físicas dos hospitais e o pessoal qualificado para coletar e encaminhar as amostras de sangue para exame. À Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania caberá agendar os exames, fornecer o material, dar apoio técnico e logístico, analisar as amostras e emitir os laudos de perícia por meio do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc).
A coleta regular será lançada em cada hospital com a realização de mutirões. O primeiro está marcado para começar no dia 19 de março, no Hemonúcleo da Unicamp, em Campinas.
Com esta medida a expectativa é beneficiar famílias carentes que procuram pelo atendimento da Procuradoria de Assistência Judiciária e não têm recursos para custear os exames de teste de paternidade em clínicas particulares, nas quais o custo médio é de mil reais. Os pedidos de exame são encaminhados ao Imesc pela Procuradoria. Antes do convênio, todos os solicitantes de exames de paternidade tinham de se deslocar até a sede do Instituto, situada na capital.
O sangue será coletado por meio de uma nova técnica. A amostra será colhida em um cartão, que vai guardar a gota de sangue retirada a partir de um furo no dedo do usuário. A nova tecnologia aplicada no laboratório do Imesc também permitirá o aumento da capacidade de emissão de laudos. Hoje são expedidos, em média, 1,2 mil laudos por mês. A meta é, até o final do ano, fornecer 6 mil laudos por mês, acabando com a demanda reprimida e reduzindo o tempo de espera para dois meses.