O Hospital Municipal Universitário (HMU) é o único hospital da região do ABC que faz a Triagem Auditiva Neonatal – “teste da orelhinha” – em todos os bebês nascidos no hospital. O objetivo é diagnosticar precocemente crianças com deficiência auditiva e proporcionar uma vida física e emocionalmente saudável. Cerca de 4,7 mil crianças já realizaram o teste, sendo que 71% passaram e apenas 29% foram reprovadas. Crianças com baixo peso e sistema nervoso imaturo, com secreções do parto, têm bloqueado o canal do ouvido, o que impede o retorno dos sons emitidos. Estas são algumas das causas que levam bebês a serem reprovados no primeiro exame. Depois de 30 dias, as crianças reprovadas são submetidas a um segundo teste, realizado em câmara acústica. Os recém-nascidos que passam para a terceira etapa fazem o teste de Audiometria de Tronco Cerebral (ABR) que dá um parâmetro da perda auditiva, classificada em leve, moderada, severa e profunda. Caso a criança apresente perda auditiva severa ou profunda a orientação é que seja adotado o uso do aparelho auditivo.
A Triagem Auditiva Neonatal Universal é realizada através de um aparelho que emite duas fontes sonoras. Uma parte do som emitido retorna ao conduto auditivo externo e é captada pelo aparelho. O teste é feito em 1,5 a 6 megahertz, que são freqüências equivalentes a voz humana. Das seis freqüências testadas a criança deve passar em pelo menos três. Durante o exame, o aparelho mostra a intensidade de som que foram emitidas em decibéis, os produtos de distorção, o nível de ruído no ambiente, relação das fontes sonoras e o resultado.