Hapvida, operadora de planos de saúde do Norte e Nordeste, está desenvolvendo um projeto para saber o porquê dos seus usuários não seguirem o tratamento recomendados pelos médicos. A operadora busca o motivo pelo qual alguns pacientes não compram os remédios e não aderem aos tratamentos de doenças neurológicas, cardíacas e diabetes. As informações são do jornal “Valor Econômico”. O objetivo da companhia – com sede em Fortaleza, no Ceará, e uma carteira de mais de 1,8 milhões de clientes – é melhorar o atendimento e reduzir custos com internações. Pelo projeto, os associados da Hapvida terão descontos em redes de farmácias associadas. A empresa está em fase de negociação com duas redes, mas ainda não fechou contrato. As farmácias vão reportar à operadora as compras dos medicamentos. A estimativa é que pelo menos 25% das internações de doentes crônicos poderiam ser evitadas com o tratamento correto. A empresa estuda a possibilidade de fornecer medicamentos gratuitamente a alguns pacientes. Mensagens via SMS Já o Hospital São José, do Grupo Beneficência Portuguesa, de São Paulo, aposta em mensagens via celular para orientar pacientes com câncer. As dúvidas podem ser enviadas pelos pacientes via SMS ou por e-mail. A resposta é dada em até 15 minutos. O São José não tem uma estimativa sobre o impacto da troca de mensagens na redução de custos com tratamento oncológico, mas diz que o objetivo é ajudar pacientes que estejam fora da capital paulista ou que estejam debilitados demais para ir ao hospital. Albert Einstein O Hospital Albert Einstein tem dois sistemas para monitorar remotamente doentes cardíacos. Um deles é um dispositivo que vai acoplado ao coração do paciente e envia, através de ondas de celular, dados ao médico. O outro, que fica pendurado na cintura, analisa o coração por meio de eletrodos colocados no peito – dados são enviados toda vez que um botão é acionado pelo doente. Para reduzir a incidência de doenças cardíacas, ministrar medicação adequadamente não é o suficiente. Essa é a opinião do professor de cardiologia da Universidade de São Paulo (USP) e membro do Instituto do Coração (Incor), Maurício Wajngarten. Segundo ele, é preciso investir na comunicação entre médico e paciente, para que este tome os devidos cuidados com sua saúde.