A gigante farmacêutica GSK (GlaxoSmithKline) declarou que vai pagar uma indenização de US$ 3 bilhões nos EUA. O caso já é considerado como a maior fraude de saúde pública da história do país. Os processos envolvem irregularidades em medicamentos como os antidepressivos Paxil e Wellbutrin; e o Avandia, usado no tratamento de diabete.
As alegações indicam que a empresa britânica teria feito propaganda de alguns dos medicamentos que produz, infringindo a lei. De acordo com informações da Filha de S. Paulo, a GSK teria promovido a prescrição do antidepressivo Paxil para pacientes menores de 18 anos sem ter a devida aprovação das autoridades pediátricas da FDA, a agência federal que regula o setor de alimentos e drogas no país. Entre outras acusações, o laboratório também teria cometido irregularidades na rotulação do antidepressivo Wellbutrin e deixado de informar aos usuários do Avandia, de maneira destacada na sua embalagem, os riscos de o remédio provocar ataque cardíaco.
O acordo deverá incluir US$ 1 bilhão em multas criminais e US$ 2 bilhões em multas cíveis.
Entretanto, a empresa não admitiu as alegações de irregularidades na venda e divulgação nem na definição de preços nominais do Avandia e de sete outros medicamentos – Lamictal, Zofran, Imitrex, Lotronex, Flovent, Valtrex e Advair. Esses casos também estão apontados nos processos criminais e civis.
Antes da GSK, o recorde estava nas mãos da Pfizer, que fechara um acordo com o governo americano em 2009 para pagar US$ 2,3 bilhões por irregularidades na promoção do analgésico Bextra.