A GS1 Brasil, Associação Brasileira de Automação responsável pela padronização de identificação de produtos, serviços e comunicação na cadeia de suprimentos, irá inaugurar sua nova sede em fevereiro do ano que vem, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. A mudança se deve pela expansão da operação, que ganha um Centro de Inovação e Tecnologia para proporcionar a executivos experiências práticas dos sistemas da entidade. O valor investido não foi divulgado.
A mudança também é motivada pelo acesso à região, pois a GS1 prevê um aumento considerável no fluxo de pessoas na unidade quando o centro estiver funcionando. O corpo administrativo permanece com o mesmo tamanho de operações ? vale lembrar que a entidade não tem fins lucrativos e representa a GS1 Global, presente em 111 países. No Brasil, são 57 mil empresas e organizações associadas.
O Centro de Inovação e Tecnologia terá 350 metros quadrados e está sendo implantado em parceria com dez empresas de hardware e software, nacionais e estrangeiras, que poderão usar o local também para demonstração com seus clientes. Assim como acontece em países onde a entidade possui espaços similares, como Espanha e Suécia, as tecnologias demonstradas vão desde o código de barras (trazido pela GS1 ao Brasil na década de 80), até sistemas avançados de radiofrequência, o chamado RFID (sigla em inglês para identificação por radiofrequência).
?Atuamos em 22 setores da indústria e estamos fechando as metas no planejamento estratégico de 2014. Não pensamos em expandir para mais setores, mas sim trabalhar com mais foco onde vemos que ainda temos espaço?, explica o diretor de inovação e alianças estratégicas da GS1 Brasil, Roberto Matsubayashi. Ele admite, contudo, que algumas verticais podem ser agregadas por demanda própria. Foi o caso do setor algodoeiro, que se uniu à entidade no ano passado.
Atuação setorial
O foco de atuação da GS1 serão as áreas de Logística, Varejo e Saúde. Nesta última, a presença da associação ainda é modesta. Em São Paulo, são três hospitais que adotam as normas da GS1 (Albert Einstein, Oswaldo Cruz e Santa Joana), todos particulares. ?Já começamos algumas negociações com hospitais públicos, mas ainda não evolui. Nossa intenção é essa, chegar até eles?, explica Matsubayashi. As aplicações são, em sua maioria, controle de instrumentos cirúrgicos, não apenas para monitoramento, como também esterilização e garantia de procedimentos para assegurar a saúde do paciente por meio de procedimentos adequados.
Ele pontua que o papel da associação é educativo. ?A gente espera que esses exemplos vão para todo sistema de saúde. Nosso trabalho é muito de disseminação do que a gente faz, e falta conscientização mesmo. Abrimos um escritório no ano passado em Brasília, justamente para estar mais próximos de agências regulatórias como a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], com quem já temos parcerias?, conclui.
GS1 inaugura centro de inovação e tecnologia em fevereiro
Associação Brasileira de Automação terá primeiro espaço de demonstração no País. Em saúde, normas são adotadas por três hospitais de São Paulo
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