O mercado de saúde enfrenta desafios expressivos ligados à qualidade dos produtos e serviços adquiridos. Materiais, dispositivos médicos, medicamentos e serviços de baixa qualidade podem gerar graves consequências, desde falhas nos processos assistenciais até o aumento das taxas de infecção hospitalar e mortalidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), eventos adversos evitáveis causados por cuidados de baixa qualidade custam entre 6% e 15% dos gastos totais em saúde nos países de alta renda.  

O Institute for Healthcare Improvement (IHI) revela que erros de medicação, muitas vezes associados à baixa qualidade dos produtos farmacêuticos, causam prejuízos financeiros e sérios danos aos pacientes. A OMS estima que cerca de 10% dos medicamentos em países de baixa e média renda são falsificados ou subpadronizados, gerando um mercado ilícito de aproximadamente US$ 200 bilhões anuais. Medicamentos falsificados frequentemente contêm dosagens incorretas, ingredientes inadequados ou substâncias tóxicas, colocando em risco a vida de milhões de pacientes. 

Além dos riscos à saúde, a baixa qualidade dos produtos e serviços médico-hospitalares também impõe um alto custo financeiro. Um estudo do New England Journal of Medicine aponta que hospitais americanos gastam cerca de US$ 2 bilhões anuais em eventos adversos relacionados a produtos de qualidade inferior (Classen et al., 2011). No Brasil, custos relacionados a erros de medicação e uso de dispositivos inadequados representam até 2,5% do orçamento total do sistema público de saúde, segundo dados do CONASS

A situação é agravada pela falta de conformidade de fornecedores com normas e regulamentações. Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) em 2021 identificou falhas em cerca de 30% dos processos de aquisição de insumos e equipamentos médicos nos hospitais públicos, destacando a falta de controle de qualidade e o descumprimento de especificações técnicas exigidas. 

Certificação de Fornecedores de Produtos e Serviços em Saúde 

Essas lacunas reforçam a necessidade de uma avaliação rigorosa dos fornecedores, com critérios objetivos que assegurem o cumprimento das normas de qualidade e segurança. A Certificação de Fornecedores de Produtos e Serviços em Saúde, desenvolvida pelo Grupo IBES, é uma ferramenta essencial para garantir que cada parceiro contribua para a melhoria contínua da qualidade nos cuidados de saúde. Essa certificação é destinada a fornecedores que desejam estabelecer ou manter relações com instituições de saúde comprometidas com qualidade e segurança. A metodologia define expectativas, requisitos e critérios para seleção, avaliação e monitoramento de fornecedores, orientando a conduta de negócios em conformidade com legislações vigentes e práticas de mercado, além de promover o compromisso com a segurança do paciente. 

Os processos descritos no Manual da Certificação são baseados em diretrizes nacionais e internacionais de segurança e qualidade. Se o compromisso das organizações de saúde é oferecer um ambiente seguro, é essencial contar com fornecedores que compartilhem dessa visão de responsabilidade e comprometimento com a saúde. A seguir, estão os tipos de fornecedores elegíveis para a Certificação: 

  • Distribuidoras e armazenadoras de medicamentos, dispositivos médicos implantáveis e produtos médico-hospitalares 
  • Empresas de transporte de medicamentos e produtos médico-hospitalares 
  • Fornecedores de serviços de saúde, incluindo: assessoria/consultoria, faturamento, contabilidade, provisão de profissionais, aplicativos de TI, dispositivos médicos, armazenamento de documentos, controle de pragas, monitoramento de temperatura, segurança e medicina ocupacional, e reciclagem 
  • Empresas de sistemas de alarmes 
  • Fornecedores de alimentos para serviços de saúde

Para mais informações sobre a certificação, acesso ao site do Grupo IBES.