Uma gravidez de risco consiste em quaisquer doenças maternas ou condição sócio-biológica que não são favoráveis à gestação. Fatores individuais e sócio-econômicos, doenças crônicas e histórico ginecológico e obstetrício podem influenciar em uma gestação e propiciar uma gravidez difícil e perigosa. Em uma situação dessas, tanto a mãe quanto o bebê correm risco de vida ou de sequelas futuras.
Gestação com idade inferior a 17 anos ou superior a 35 anos; exposição a agentes químicos; uso de drogas, álcool e tabagismo; má aceitação da gestação; estresse; nutrição e peso materno inadequados; altura inferior a 1,45 m; hemorragia, hipertensão, doenças sexualmente transmissíveis; doenças do coração; diabetes; e falta de acompanhamento médico adequado; entre outros fatores, colaboram para dificuldades na gestação. Deve-se considerar também se a gravidez anterior teve problemas, como óbito do recém-nascido ou do feto, ou nascimento prematuro.
Durante a gravidez podem ocorrer complicações, como crescimento uterino desregular; ruptura prematura da membrana; eclampsia (convulsões durante a gravidez); hemorragias; anemia; infecção na placenta; descolamento prematuro da placenta; escassez ou excesso de líquido amniótico ao redor do feto; parto tardio; parto prematuro; parto induzido; necessidade do uso do fórceps e a necessidade da realização de uma cesariana de emergência.
É de extrema importância que a gestante faça o acompanhamento pré-natal e siga todas as recomendações médicas, pois quanto mais cedo a gravidez de risco for diagnosticada, mais facilmente podem se tomar as medidas necessárias para a proteção da mãe e do bebê.
Para a dra. Patrícia Bretz, do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Geral de Carapicuíba (HGC), “uma gravidez de alto risco pode ser evitada se houver um acompanhamento médico adequado. De preferência, antes mesmo da gestação, como forma de se controlar as doenças pré-existentes, realizar um aconselhamento em relação ao número de gestações. idade materna e mudança do estilo de vida. introduzindo uma alimentação balanceada e promovendo o abandono de hábitos prejudiciais ao bebê.”
Até setembro de 2011, o HGC realizou 2.793 partos e 44,3% das gestantes que deram entrada no Hospital eram de alto risco e foram internadas na unidade neonatal 509 pacientes.
O HGC, que prioriza o atendimento humanizado às gestantes, oferece a todas elas visitas supervisionadas à maternidade, para que possam conhecer o ambiente em que terão os seus bebês e entendam melhor o processo do trabalho de parto. No HGC, há ainda um ambulatório exclusivo ao atendimento de gestantes de Alto Risco, que presta atendimento multidisciplinar: enfermagem, médicos obstetras, psicologia, cirurgia pediátrica e cardiologia, entre outras especialidades. Há também um pronto- socorro e maternidade referenciada de Alto Risco para as pacientes que necessitam de internação de emergência.