As remessas de lucros das multinacionais farmacêuticas devem ser taxadas pelo governo brasileiro. A intenção é que o dinheiro recolhido seja enviado a um fundo na Organização Mundial de Saúde (OMS) para financiar acesso a remédios, vacinas e novas tecnologias para países em desenvolvimento.
Já a OMS, por sua vez, apresentou uma contraproposta para alimentar o fundo com recursos que seriam dados pelo governo ou cobrado de consumidores na compra de passagens aéreas ou uso da Internet. E ainda, outras opções seriam taxar o sistema financeiro ou a compra de armas. A ideia é que os lucros das empresas de medicamentos não sejam afetados.
Além da divergência, membros da OMS teriam vazado um rascunho da estratégia do Brasil para o setor farmacêutico. O documento não continha a ideia brasileira de alimentar o fundo mundial a partir de uma nova taxa sobre as remessas de lucros das multinacionais. De acordo com o papel, a taxa seria cobrada cada vez que filiais de empresas como a Novartis, Roche, GSK ou outras multinacionais no Brasil enviassem seus lucros a suas matrizes nos países ricos.
A OMS afirmou que será feita uma investigação para averiguar se de fato o vazamento ocorreu.
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