O governo propõe parcerias com hospitais de referência para melhorar o ensino de medicina no País, dentro de um plano para aumentar vagas no curso em cerca de 40%. Entre as instituições às quais serão oferecidas verbas federais para criarem faculdades especializadas de medicina estão o Albert Einstein e o Sírio-Libanês, em São Paulo; o Aliança, em Salvador; o Português, no Recife; e o Moinhos de Vento, em Porto Alegre. As informações são do Estado de S. Paulo desta quarta-feira (07).
De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a iniciativa é embrionária. O governo ainda não sabe como será negociada a parceria. ?Nós fomos surpreendidos por essa notícia. Ela nos assusta um pouco, pois administrar uma faculdade é um novo desafio”, disse ao Saúde Web o superintendente executivo do Hospital Moinhos de Vento, João Polanczyk.
Atualmente, o Brasil dispõe de 1,8 médico para cada 10 mil habitantes. É um número muito inferior ao de outros países da América Latina, Estados Unidos e Europa. A relação nos EUA é de 2,4 médicos para cada 10 mil habitantes, na Grã-Bretanha, 2,7, Argentina, 3,0 e Cuba, 6,7, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS),
Para aumentar o referencial de 1,8 para 2,5 médicos a partir de 2020, além de fazer as parcerias com os hospitais de referência, o governo pretende ampliar as vagas para medicina nas universidades federais e fechar convênios com as estaduais e particulares que tenham bons cursos de medicina.
Ainda sem nome, o governo pretende começar a ampliação das vagas nas faculdades já no segundo semestre, tendo em vista que um médico precisa de seis anos para se formar.
Uma das intenções do governo é fazer com que as faculdades e as residências médicas avancem para o interior – onde hoje há pouca presença de profissionais que tratam diretamente da saúde.
Os hospitais, considerados excelência, aindanão receberam nenhuma diretriz do governo.