Até o fim deste ano, o governo federal quer implantar 100 farmácias populares em capitais e regiões metropolitanas. O programa já conta com unidades em Salvador, Rio de Janeiro, Goiânia e São Paulo. O objetivo é atender a população mais carente com medicamentos a preços bem mais baratos que similares vendidos em farmácias comerciais, informa a Agência Brasil. A intenção do governo é, com o tempo, ampliar a venda dos 92 tipos de medicamentos disponíveis nas Farmácias Populares. O Ministério da Saúde vai fazer convênios com as redes de farmácia para baratear o custo de alguns remédios como, por exemplo, os destinados a combater a hipertensão.
Segundo o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, as Farmácias Populares não substituem o Sistema Único de Saúde (SUS), que distribui gratuitamente remédios à população carente. “O SUS é uma coisa, a Farmácia Popular é outra. No SUS, a pessoa quando vai no posto médico, sai com o remédio. A Farmácia Popular é para atender aquelas pessoas que pegam a receita e têm que comprar o remédio numa farmácia normal.”
O governo também pretende produzir parte dos medicamentos comercializados pelas Farmácias Populares. “Nós temos laboratórios públicos, nós temos a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e estamos comprando uma fábrica para fazer uma parte desse remédio”, afirmou.
Ele também ressaltou o acordo firmado com os governadores na negociação da reforma tributária, no Congresso, que reduziu a incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) numa lista de quase três mil medicamentos.
Para o presidente do Conselho Federal de Farmacêuticos, Jaudo de Souza Santos, ?o SUS (Sistema Único de Saúde) e o Ministério da Saúde não têm condições de atender a 40% da população que não têm acesso a medicamentos?. , afirmou ao avaliar a Farmácia Popular nesta manhã, durante o programa Revista Brasil, da Rádio Nacional AM.
Ao avaliar a Farmácia Popular nesta manhã, durante o programa Revista brasil, da Radio Nacional AM, Santos afirmou que vê a Farmácia Popular “com bons olhos? e acredita que ?o governo pretende realmente atender esse público?. Mas esta ainda “não é a solução? para garantir o acesso aos medicamentos. Segundo ele, há muitas famílias que não dispõem nem de R$ 1 para a compra de remédios e a oferta de medicamentos da Farmácia Popular ainda é restrita.
Inicialmente, estão disponíveis nas farmácias populares 84 remédios, para o presidente do Conselho Federal de Farmacêuticos, a necessidade da população é de ?mais de 600? medicamentos.