Hoje (26), é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. A doença atinge mais de 65 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, aproximadamente um milhão de pessoas são diagnosticadas com doença.
O oftalmologista especialista em glaucoma, Emerson Duarte Dutra, do Visão Institutos Oftalmológicos, explica que a doença é causada pelo aumento da pressão intraocular. “Essa pressão do olho não está relacionada à hipertensão arterial, são duas doenças distintas. A pressão intraocular, que provoca o glaucoma, está ligada ao líquido ocular, o aumento da produção dessa substância ou a obstrução do canal ocular”, explica o especialista.
O médico acrescenta que a pressão intraocular reflete no nervo óptico, presente no fundo do olho. Além disso, essa pressão diminui o fluxo sanguíneo e a oxigenação da retina e das demais partes do olho. “O desenvolvimento do glaucoma causa a morte gradativa das fibras nervosas, o que vai interferindo na visão. A lesão do nervo óptico é irreversível, podendo levar à cegueira total”, alerta o oftalmologista.
A doença é assintomática, o que dificulta o diagnóstico precoce, feito pela aferição da pressão ocular e pela avaliação do nervo óptico e do campo visual. “A pessoa convive com a patologia durante anos e não sabe. Contudo, o glaucoma provoca um processo irreversível de perda visual. Então, quando o paciente apresenta queixas, significa que a enfermidade está em estágio avançado”, ressalta o especialista.
Dr. Emerson Duarte Dutra destaca que, por isso, a prevenção é muito importante. “Visitas periódicas ao oftalmologista e exames de rotinas devem ser realizados para evitar o agravamento do glaucoma”, recomenda o médico.
O tratamento contra o glaucoma consiste em controlar a pressão intraocular, o que pode ser feito por meio de medicamentos ou cirurgia. “Quando o tratamento medicamentoso não apresenta resultados significantes, o paciente é submetido a um procedimento cirúrgico. Vale lembrar que o tratamento não faz o paciente enxergar de novo”, conclui o oftalmologista.