O Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV), do Rio de Janeiro, em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado (CBMERJ), montou no final do ano passado, junto ao serviço de neurocirurgia da unidade, setor que atende pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) – ou acidente vascular encefálico (AVE) – agudo isquêmico, adotando procedimento não-invasivo denominado Trombólise.

Segundo Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, o resultado vem sendo positivo: 21 pacientes já foram atendidos com sucesso, evitando que graves sequelas se manifestassem.

O AVC agudo isquêmico é resultante de entupimento de artéria cerebral, causado pela formação de coágulo – trombo. A trombólise consiste na aplicação de medicamento potente (trombolítico) na veia, que dissolve a formação deste coágulo, fazendo com que a circulação do cérebro retorne ao normal. A ressalva é que o procedimento, que leva em torno de 60 minutos, precisa ser realizado em até quatro horas e meia após o diagnóstico, caso contrário, o tratamento passa a ser feito por meio de reabilitação, sendo que as chances de recuperação diminuem.

O Getúlio Vargas é um dos três pólos de neurocirurgia da rede estadual de Saúde, e o único destes a oferecer o tratamento de trombólise. O diretor Geral do HEGV, Sérgio Verbicaro, acredita que a iniciativa vai beneficiar muitos pacientes, visto que se trata de uma doença com elevada incidência entre a população.

De acordo com o chefe da neurocirurgia e coordenador do setor de trombólise da entidade, Orlando Maia, a evolução do tratamento está prevista para ser implantada em março deste ano, e atenderá pacientes que já excederam o período de quatro horas e meia após o diagnóstico, o que inviabiliza o tratamento por meio de trombólise.

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