A manutenção da vida humana é a principal prioridade das instituições de saúde. Na complexa operação de um hospital, muito mais do que os procedimentos médicos e hospitalares, toda a infraestrutura – e seu correto funcionamento – podem influenciar nessa busca. Sendo assim, tão importante quanto manter a equipe médica em constante atualização e bem equipada, é necessário atentar às instalações e recursos necessários à operação, entre eles, o abastecimento constante de utilidades.

As utilidades compreendem todos os insumos que garantem a disponibilidade do leito hospitalar ou o funcionamento de um equipamento médico, variando desde energia elétrica a água e gases medicinais (como ar comprimido, oxigênio, óxido nitroso, entre outros). A correta gestão destes recursos, chamada gestão de utilidades, responsabiliza-se pelo controle dos recursos existentes, cuidando de sua disponibilidade e evitando desperdícios.

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No Blog Suprimentos Hospitalares

O processo contempla uma série de ações preparatórias e de conscientização, além de investimentos em infraestrutura e negociações com fornecedores, que visam a gestão da contratação e do uso, com foco na otimização do recurso disponível, na redução do impacto ambiental e na eficiência de gastos. Bons exemplos são a substituições de lâmpadas comuns por LED, a renegociação de contratos de fornecimento de energia e a implantação de gestão de recursos hídricos.

Com relação ao ponto de vista ambiental, a gestão de utilidades pode significar uma economia importante no uso de recursos caros ou escassos, como no caso atual da água. Ações de sustentabilidade e o correto planejamento do consumo trazem economia e reduzem o impacto ambiental.

Sob o aspecto financeiro, o consumo de utilidades representa uma importante parcela nos custos de unidades hospitalares, uma vez que funcionam 24 horas e com grande quantidade de equipamentos. Os setores que mais necessitam das utilidades são os de produção, como nutrição, esterilização ou lavanderia. Assim, a boa gestão de utilidades impacta diretamente no resultado financeiro dos hospitais, liberando recursos para serem destinados a compra de equipamentos e melhorias internas.

Uma gestão eficiente, e podemos até dizer sustentável, deve ser realizada por uma equipe especializada, que envolva engenheiros e administradores, ou um parceiro terceirizado com know-how técnico e atualização. É importante que haja fôlego para investimentos no sistema e conhecimento técnico para que os objetivos possam ser atingidos com um plano inicial que contemple pelo menos cinco anos.

Definidas as responsabilidades e objetivos da equipe, o primeiro passo é realizar o dimensionamento do projeto, com um mapeamento do perfil de consumo de cada um dos recursos pela unidade. Em um segundo momento, é importante rever ou renegociar todos os contratos de fornecimento de utilidades e as tarifas praticadas, a fim de gerar economia ao processo.

Ações de conscientização junto aos usuários podem trazer reduções significativas, que possam contribuir com investimentos em melhorias da infraestrutura do sistema de utilidades como retrofits.

Um crescimento planejado deve ser levado em consideração. E faz parte deste crescimento retroalimentar o projeto, avaliando os resultados alcançados com as ações de melhoria e programando os ajustes necessários para o alcance dos objetivos.

Apesar de serem grandes consumidores de utilidades, as instituições de saúde, em geral, ainda não têm a cultura de direcionar uma equipe especializada ou terceirizar esta área. No entanto, tendo em vista as possibilidades de redução nos custos com estes recursos, que pode variar entre 5% a 35%, a necessidade de um olhar mais atento a este trabalho torna-se cada vez importante. Afinal, é possível ter uma instituição com uma operação otimizada e viável, ao mesmo tempo em que usuários e pacientes têm todo o conforto e segurança na utilização das instalações.

*Maurício Almendro é gerente comercial da Vivante

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