O Brasil é um dos países com mais afastamentos por acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. O último relatório, divulgado pela Previdência Social, coloca o Brasil na quarta posição no ranking mundial, contabilizando quase uma morte por acidente em serviço a cada três horas e 40 minutos. E durante a pandemia, a questão da saúde ocupacional ganhou ainda mais destaque.
A TÜV Rheinland, líder global em serviços de testes, inspeção e certificação, está apoiando empresas em todo o mundo e protegendo os trabalhadores em todas as questões de segurança e integridade de serviços, produtos e equipamentos relacionadas à nova norma ISO 45001.
A resolução, criada em 2018 pela Agência Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), substitui a OHSAS 18001, referência anterior do mundo para saúde e segurança no local de trabalho. O prazo final para que todas as empresas façam a transição termina em setembro de 2021.
A regulamentação prevê uma abordagem mais sistemática quando se trata de segurança e saúde no trabalho durante a crise ocasionada pela COVID-19. De acordo com Guilherme Amado, Coordenador Geral de Operações de Sistemas de Gestão da TÜV Rheinland no Brasil, uma das principais atualizações é o fornecimento de uma estrutura para que as organizações planejem as mudanças e implementações de forma a minimizar o risco de danos.
“Na questão da saúde, as medidas devem focar, principalmente, na prevenção, que podeminimizar ausências do trabalho a longo prazo, bem como evitar problemas crônicos, que ainda são responsáveis por muitos acidentes”, enfatiza Guilherme.
Treinamento e comunicação obrigatórios
Para um sistema de gestão de acordo com a ISO 45001, as empresas devem, por exemplo, ter recursos suficientes, funcionários treinados e um bom fluxo de comunicação. A norma prevê também o treinamento direcionado em tópicos relevantes para a pandemia e a comunicação de medidas realizada de forma mais rápida e eficiente, a partir de ferramentas e processos de comunicação apropriados, bem como pessoal treinado. Além disso, a ISO 45001 também regulamenta a comunicação de questões de segurança do trabalho com contratadas, visitantes e outras partes interessadas.
A regulamentação exige que as empresas tratem de seu meio ambiente em termos de questões de segurança e saúde. Assim, elas ficam obrigadas a definir quais partes interessadas são relevantes em questões de segurança ocupacional – tais como autoridades, representantes de funcionários ou subcontratados. Desta forma, as organizações que implementaram um sistema de gestão de acordo com a ISO 45001 já trocam informações regularmente com essas partes e podem fazer um acompanhamento perfeito em casos excepcionais.
Os gerentes são responsáveis pela proteção da saúde
A resolução requer, ainda, que a alta administração esteja envolvida e seja responsável pela proteção da saúde dos funcionários. A gestão passa a ser chamada a zelar pela saúde dos colaboradores e, ao mesmo tempo, pela perenidade econômica da empresa.
O padrão de saúde e segurança ocupacional também dá grande ênfase à participação dos funcionários, por meio de mecanismos adequados de participação nas questões de segurança do trabalho. Além disso, com a introdução da norma, fica definido com mais precisão quem é responsável por quais tarefas de segurança ocupacional.
Para Guilherme, cada um de nós tem seu papel e relevância na conscientização e mitigação dos riscos. “Em meio a essa grave crise de saúde que diversos países enfrentam, é imprescindível que haja uma referência a ser seguida e uma certificação que seja feita de forma independente, para garantir que as empresas não se tornem locais de contaminação e contribuam para o agravamento das estatísticas”, pontua o executivo.
Para obter mais informações sobre a ISO 45001 e os benefícios da gestão de segurança e saúde ocupacional certificada, visite o site.