As informações do paciente são estratégicas para a gestão de um hospital. Esta foi a constatação de gestores de instituições de saúde durante o “Intercâmbio de Ideias” na tarde desta quinta-feira (16). No entanto, grande parte dos hospitais ainda não utiliza de forma eficiente os dados do usuário.
Diversos aspectos explicam a situação, segundo os participantes da mesa de discussão: falta de padrão, de tempo para trabalhar os dados de forma mais estratégica, de vontade política e, o mais crítico – trata-se de uma questão cultural. “Grande parte dos médicos não se preocupam com a informação e nem sabem como administrá-la”, disse o presidente do hospital Santa Rosa, José Ricardo Mello.
Na visão do presidente do hospital Lifecenter, Michel Eduardo Silva, os médicos precisam ser orientados pelos gestores na hora de preencher a Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID), o que não acontece no dia a dia.
Os gestores apontaram inconsistências nas informações devido ao mal preenchimento do CID. “Muitos profissionais colocam o código errado para se beneficiar de uma maior remuneração”, disse o presidente do hospital São Lucas Ribeirânia, Pedro Palocci.
Pilares
As informações chaves para a gestão com base na informação do paciente foram listadas pelo André Almeida, coordenador da plenária e diretor técnico da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. São elas: tempo de internação, dados do paciente, profissional responsável e procedimentos.
“As informações do paciente só são pedidas para os hospitais quando existe um financeiro por trás. Quando existe algum processo contra a instituição por exemplo. Nunca por boas práticas”, ressaltou Palocci.
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