Não basta geração de Baby Boomers, X, Y, Z… Vamos ter que passar a analisar sub-gerações com comportamentos bastante parecidos e uma identificação cultural que os faz importantes para o entendimento de empresas e novas lideranças.

Uma dessas é a Geração Flux, um grupo de indivíduos resilientes e com alta capacidade de adaptação e inovação em situações de grande instabilidade. Tais pessoas foram treinadas pelo mundo moderno a serem multi-tarefas e isso não mudará. Talvez por isso, uma das características é a linha tênue entre trabalho e vida pessoal. Dificilmente tais pessoas se desconectam do trabalho, acessando informações via mobile, web ou até estudando e pensando em soluções que possam resolver alguns dos problemas vistos no dia a dia. Isso não significa que eles estão fisicamente presentes sete dias por semana.

Segundo Robert Safian, editor-chefe da Fast Company, quem criou este termo, este grupo é o responsável pelas mudanças realizadas com alta velocidade na sociedade atual. Além disso, este grupo não é definido pela idade cronológica, mas pela habilidade de adaptação e dedicação. Mais que qualquer coisa, o que move estas pessoas é o propósito por trás do que fazem. Quando estas pessoas seguem seus objetivos e conseguem criar uma empresa, o propósito se torna uma grande vantagem competitiva em relação a outras no mesmo segmento.

Alguns executivos já estão se preparando para este tipo de profissionais. O desafio que eles enfrentam é de sensibilizar o restante da cadeia de educação e trabalho, já que o governo, as escolas e outras instituições, responsáveis pela formação destes indivíduos, têm estruturas e processos criados para uma era industrial, onde a eficiência é o maior parâmetro e a adaptação é bem complicada.

Desde a posição das cadeiras na sala de aula, até a postura autoritária de alguns professores, alguns fatores precisam ser mudados para que os alunos sejam capazes de se colocarem em teste e de se observarem em situações que serão rotina na vida profissional: resolução de problemas complexos, gestão de pessoas, gestão de inovação e outros pontos essenciais.

“A comunidade de negócios foca em gerir as incertezas, mas este é um equívoco. Em um mundo turbulento e interconectado, a ambiguidade está crescento a um nível sem precedentes. Isso é algo que nossos sistemas atuais não conseguem suportar”, disse Dev Patnaik, co-fundador e CEO de uma empresa estratégica que foi conselheira da GE, a Jump Associates.