Depois de muita negociação finalmente a aquisição da americana Genzyme pela francesa Sanofi-Aventis saiu em fevereiro deste ano pelo valor de US$ 20,1 bilhões. As companhias, agora, estudam as sinergias que podem ser geradas decorrentes da operação. De acordo com o vice-presidente da Genzyme, Rogério Vivaldi, a forte presença da Sanofi nos mercados emergentes é um dos aspectos a ser fortemente explorado pela Gezyme.
Poucas mudanças foram definidas até o momento. O que já está acertado é que a Genzyme continuará com a identidade de sua marca, seguindo suas pesquisas biotecnológicas de forma separada – como um departamento da Sanofi.
“A Sanofi-Aventis possui 110 mil funcionários pelo mundo e são muito fortes nos países emergentes. São cerca de três mil pessoas trabalhando na China por exemplo. Isso facilitará a aprovação de nossos produtos neste país estratégico. Estamos conduzindo as conversas com o espírito bem aberto em busca de maior produtividade e abrangência”, disse Vivaldi.
Com 28 anos de Genzyme, Henry Teermer deixou o cargo de CEO da companhia e passou a fazer parte do conselho direto do Christopher Viehbacher, atual CEO da companhia. Segundo Vivaldi, tal fato não acarretará impactos negativos, pois Teermer continuará atuante nos negócios da nova empresa.
No ano passado, a farmacêutica americana faturou US$ 4 bilhões, enquanto a Sanofi registrou 3,8 bilhões de euros em vendas. “Nosso diferencial no mercado está na proximidade com os pacientes. Todos dizem isso, mas realmente vivenciamos isso no dia a dia. Como trabalhamos com doenças raras e específicas sabemos os nomes de todos os nossos pacientes”, enfatizou Vivaldi.
As áreas de especialidade da Genzyme são: doenças genéticas, renal e endocrinológica, oncologia e hematologia, e biosegurança. No Brasil, segundo Vivaldi, o medicamento para Gaucher obteve reembolso do Ministério da Saúde antes mesmo da aprovação pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Recentemente, a organização firmou parceria com a Fiocruz para viabilizar estudos científicos para doenças como Malária, Tuberculose e Chagas.
*A jornalista viajou a convite da Interfama
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