A Genzyme e a Bayer Healthcare assinaram um acordo que dá ao laboratório norte-americano o direito de comercializar os medicamentos Fludara, Leukine e Campath, destinados ao tratamento oncológico (leucemias e linfomas), e do Alentuzumabe, para esclerose múltipla. As duas empresas já trabalhavam juntas nas pesquisas dos medicamentos e, a partir de agora, a Genzyme assume a comercialização, ampliando sua atuação.

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“Tínhamos uma presença tímida em oncologia e esta foi uma oportunidade de crescer”, diz a diretora de assuntos corporativos da Genzyme, Eliana Taimeirão. O acordo permitirá à empresa liderar o desenvolvimento do Alentuzumabe, substância considerada inovadora no tratamento de esclerose múltipla por controlar os surtos da doença em 74% dos pacientes.

O acordo também dá força à Genzyme, uma das maiores companhia de biotecnologia do mundo, para manter a rentabilidade aos acionistas e, com isso, evitar ofertas hostis. Com o ganho de importância dos biotecnológicos para a sobrevivência das farmacêuticas, um vez que eles dificultam as cópias, este tipo de laboratório entrou no radar de grandes companhias mundiais. Os exemplos se multiplicam, como o da Genentech comprada pela Roche e a Wyeth pela Pfizer.

Segundo Eliana, dez anos depois do mapeamento do genoma, as pesquisas das biotecnológicas estão mais avançadas que as de outras empresas. “Por isso, há um movimento nessa direção, seguindo uma tendência”, diz. E para manter-se independente, a Genzyme quer crescer 20% até 2012. A transação com a Bayer deve garantir à Genzyme receita de U$ 185 milhões em oncologia em 2009 e até U$ 700 milhões nos próximos três anos.