Há sete anos no mercado, fundada pelos executivos Douglas Oliveira e Renato Leonel, a Gade diversifica portfólio em 2013 a fim de fortalecer-se no pulverizado mercado de distribuição e gestão de equipamentos hospitalares.
Reconhecida pela venda, locação e leasing de equipamentos hospitalares de fabricantes como Maquet, Lifemed, Toshiba, Siemens, Nihon Koden, Stors, entre outros, a brasileira aposta, para os próximos três anos, no Flex Care, aparelho de higienização no leito, lançado em novembro deste ano.
?O banho convencional tem duração média de 35 minutos e precisa de duas enfermeiras. Já o Flex Care consegue dar seis banhos nesse tempo utilizando apenas um profissional?, explica o sócio-diretor Oliveira, ressaltando que de dez enfermeiras que testaram o produto, sete foram amplamente favoráveis.
A tecnologia conta com um reservatório de água com capacidade para até seis banhos e dispositivo externo que indica o nível da água e ducha para uso contínuo. Além disso, possui painel com display digital e controle que permite a regulagem estabilidade da temperatura, controlador de pressão e válvula de despressurização.
Parceria austríaca
Para o segundo semestre de 2013, a Gade planeja estrear no mercado a tecnologia myVitali, fabricado pela empresa austríaca Massive Art, com forte potencial, no Brasil, para o Programa de Saúde da Família (PSF).
?Atualmente o agente de saúde vai até a casa do paciente colher informações de saúde e as registra no papel. O myVitali é um conjunto de equipamentos para medir a pressão, açúcar no sangue, massa muscular, gordura corporal, entre outros, que gera tais indicadores e os transforma em gráficos?, diz Oliveira.
Dessa forma, os dados podem ser enviados para a central do PSF, otimizando a atualização e segurança das informações dos pacientes. Empresas de home care e operadoras de planos de saúde também estão no alvo dessa nova parceria.
A tecnologia deve fortalecer a atuação da companhia no setor público de saúde, que ainda é avessa ? por uma questão cultural, na opinião de Oliveira -, à locação de equipamentos hospitalares. Ambas as novidades devem corroborar para um aumento de 50% no faturamento da companhia, que gira em torno de R$ 9 milhões por ano.
Distribuição de equipamentos
Desde oxímetros de pulso até aparelhos de ressonância magnética são comercializados pela Gade, que aposta no serviço como tendência de mercado, tendo em vista os recursos escassos do setor e o aumento de custo constante. No México, por exemplo, já existem empresas que locam todos os equipamentos e materiais para determinadas cirurgias, ou seja, diminuindo os custos dos hospitais.
Ao fazer uma conta rápida, Oliveira estima que, para equipar um hospital de 300 leitos, é preciso cerca de R$ 35 milhões. No segundo ano, os equipamentos já começam a perder aproximadamente R$ 1,6 milhão de valor no mercado, levando em conta depreciação e obsolescência. ?Caso você optasse por locar a mesma quantidade de equipamentos por meio de um contrato de cinco anos, poderia fazer isso pagando cerca de R$ 1 milhão por mês?, afirma o sócio-diretor.
Além disso, Oliveira ressalta, ainda, a possibilidade de substituir o equipamento no caso de problemas de funcionamento. Já o aparelho comprado geralmente é enviado para a manutenção, deixando a entidade defasada.