Um estudo da Frost & Sullivan, que identificou a influência do usuário final no mercado farmacêutico no Brasil, aponta que os medicamentos genéricos obtiveram uma taxa de crescimento da ordem de 30%, em 2006, contra 9% dos remédios de marca. No entanto, os genéricos representam 17% do volume de vendas do setor farmacêutico.
Do ponto de vista da receita, a pesquisa registra que no ano passado os genéricos representavam 11% do mercado farmacêutico, sendo que 89% das receitas eram provenientes de remédios de marca.
Para Maria Luisa Woge, analista de pesquisa da Frost & Sullivan, é neste momento em que o usuário final do produto farmacêutico influencia no mercado como um todo. “Os genéricos vêm crescendo a passo rápido devido ao baixo preço, quando comparados aos remédios de marca, dado que parte da população passa a ter maior acesso e o governo passa a distribuí-los gratuitamente”, informa.
Para Maria Luisa, os genéricos continuarão crescendo a taxas altas, por conta da liberação desses medicamentos na classe terapêutica de hormônios e contraceptivos. “Isso pode representar um mercado adicional de US$ 300 milhões”, classifica a analista.
A Eurofarma, por exemplo, anunciou recentemente o lançamento dos primeiros contraceptivos orais genéricos do mercado brasileiro, após a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com Maria del Pilar Muñoz, Diretora de Marketing Corporativo da Eurofarma, existe, na rede privada, aproximadamente 8 milhões de consumidoras que fazem uso de contraceptivos orais.
Para a analista da Frost & Sullivan, o futuro do mercado farmacêutico será a aliança entre grandes empresas para P&D, de forma a desenvolver cada vez mais novos produtos.
Frost & Sullivan prevê crescimento de 30% para genéricos
Apesar da alta taxa de crescimento, quando o assunto é receita os medicamentos de marca saem na frente
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