O setor brasileiro de saúde pede socorro. Essa foi uma das conclusões da
reunião da Frente Parlamentar da Saúde, que aconteceu ontem, durante a Hospitalar 2004. O encontro contou com a presença do deputado Rafael Guerra, presidente da Frente; do Dr.Eduardo Oliveira, presidente da Fenaess-Federação Nacional de Estabelecimentos de Saúde; do Dr.Roberto Saad, do Colégio Brasileiro de Neurocirugiões e do deputado Amaury Robledo. Dirigentes de hospitais e representantes de entidades classistas também participaram do evento.
Uma das pautas do encontro era planejar ações para chamar a atenção do governo sobre a situação dos hospitais. ?É melhor fazer uma paralisação responsável, durante um dia, do que uma marcha em Brasília?, sugeriu Guerra.
A Frente decidiu marcar uma reunião, no dia 15 de junho, em Brasília, para decidir novas ações. São esperadas mais de 500 pessoas, entre representantes de hospitais e médicos. Na pauta do encontro estarão temas como a revisão da tabela do SUS e da saúde suplementar, além da coleta de sugestões para novos atos políticos.
Segundo Oliveira, há a necessidade de um embate imediato com o governo federal para mudar o cenário da saúde. Para Paulo Gusmão, do Sindicato dos Hospitais de Porto Alegre, é importante também que os dirigentes se transformem em representantes dos pacientes. ?Só nós sabemos do que eles precisam?, afirma.
De acordo com Carlos Eduardo Ferreira, da Federação dos Hospitais de Belo Horizonte, foi entregue ao presidente da Frente Parlamentar um estudo que analisa 107 procedimentos médicos em 28 hospitais do País. A idéia é comparar o custo dos serviços pagos e aqueles financiados pelo SUS. Só para se ter uma idéia, a despesa de um parto pelo SUS é de R$ 136. No modelo privado, chega a R$ 487.
Frente Parlamentar marca reunião para o dia 15
Na pauta do encontro estarão temas como a revisão da tabela do SUS e da saúde suplementar, além da coleta de sugestões para novos atos políticos
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