Em reunião realizada em Brasília, a Frente Parlamentar da Saúde e representantes de diversas entidades ligadas ao Setor constituíram um comitê que vai preparar a nova campanha nacional de mobilização para salvar o Sistema Único de Saúde (SUS), intitulada “Saúde na UTI”. A Federação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Estado de São Paulo – FESEHF integra a mobilização prevista para ocorrer em Brasília, no dia 26 de maio de 2004, a partir das 9:00 horas, iniciando-se em frente ao Ministério da Saúde e seguindo para o Congresso Nacional. O movimento espera sensibilizar o Governo Federal e evitar a descontinuidade do atendimento aos cidadãos dependentes do Sistema Único de Saúde.
Segundo a Frente Parlamentar de Saúde, a população, sobretudo o usuário do SUS, já percebeu a queda na qualidade do atendimento e o crescimento das filas para consultas, exames e cirurgias. A campanha visa informar a opinião pública sobre o que está acontecendo e forçar o Governo a tomar uma atitude. Muitos hospitais conveniados já suspenderam serviços e fecharam leitos e portas para o SUS, por causa da defasagem em relação ao que recebem do Governo Federal e o que efetivamente gastam.
Essa é a segunda etapa de uma luta iniciada no ano passado, quando o Governo Federal foi obrigado a devolver R$ 3,5 bilhões ao Orçamento da Saúde. O Palácio do Planalto pretendia utilizar esse dinheiro em outros setores, inclusive no pagamento do serviço da dívida. Já está definida a divulgação de um manifesto e um cartaz informando a população sobre a real situação do SUS e o que deve ser feito para que a qualidade do atendimento seja recuperada.
A crise no Setor e a baixa remuneração dos hospitais e profissionais de Saúde está provocando a redução da qualidade do atendimento pelo Sistema Único de Saúde. Muitos médicos e hospitais privados e comunitários estão deixando de atender pelo SUS. De 1993 para cá, a quantidade de leitos foi reduzida de 506 mil para 434 mil e 28 grandes hospitais fecharam suas portas para o SUS.
A frente lançou um manifesto chamado: “Urgente: é preciso socorrer o SUS” que pode ser acessado no site www.fesehf.org.br