O Programa Nacional de Competitividade em Vacinas (Inovacina) está pronto. De acordo com a Agência Fapesp, se ele for levado adiante pelo Governo Federal, até 2015 o Brasil terá desenvolvido vacinas eficientes para a sua população e, conseqüentemente, reduzirá o déficit em sua balança comercial. Isso porque, hoje, apenas com vacinas, o Brasil tem um balanço negativo entre importação e exportação da ordem de US$ 121 milhões. Segundo José Rocha Carvalheiro, atual coordenador do Projeto Inovação, o estudo fez uma lista de vacinas prioritárias, que podem ser obtidas em três, cinco ou dez anos, desde que haja investimentos em produção, em desenvolvimento e em inovação tecnológica. Além disso, o estudo não enfoca apenas a questão das vacinas, abrangendo também medicamentos.
O Inovacina foi coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro. Entre as vacinas prioritárias do estudo estão Pentavalente (contra difteria, coqueluche, tétano, hepatite B e Haemofilus influenzae), raiva em cultura celular, meningite B, meningite C, Hepatite A, Leishmaniose canina e vacina de DNA para uso terapêutico. De acordo com Carvalheiro, o Brasil tem tecnologia dominada ou em estágio final de desenvolvimento para produzir todas essas vacinas em até três anos.
Além das sete, o estudo enfoca mais 22 vacinas. Oito delas para serem desenvolvidas em até cinco anos e mais seis para o prazo de dez anos. As demais, outras oito, apenas poderão ser produzidas no País, segundo o estudo, no longo prazo, em 20 anos ou mais.
O Inovacina foi baseado na situação epidemiológica brasileira, na capacidade científica nacional e internacional e ainda na existência de mecanismos alternativos de controle da doença, segundo o coordenador do projeto.
Segundo Carvalheiro, a produção dessas vacinas sairá de centros de referência nacional como o BioManguinhos e o Instituto Butantan. ?Hoje, apenas a vacina contra a febre amarela produzida no Brasil tem a certificação internacional?.