Após 7 horas de reunião, o Ministério da Saúde e a Prefeitura do Rio entraram em acordo para solucionar a crise da saúde no município. Os quatro hospitais (Andaraí, Lagoa, Ipanema e Cardoso Fontes) que estavam sob intervenção federal, passam definitivamente à gestão do Ministério da Saúde. Ficou acertado também a substituição, em até três anos, dos servidores municipais lotados nessas unidades. A gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), continuará com a Secretaria Estadual de Saúde. E os equipamentos e remédios comprados pelo Ministério da Saúde durante a intervenção, para os dois hospitais que voltaram à administração da prefeitura (Souza Aguiar e Miguel Couto), serão mantidos nessas unidades.
Sob responsabilidade do Ministério da SaúdeCom o acordo, o ministério assumirá integralmente o custeio dos hospitais no valor de cerca de R$ 73 milhões por ano e repassará R$ 135 milhões, correspondentes à reposição de 1.594 servidores federais, afastados de unidades que foram municipalizadas em 1999.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu -192), continuará operado pelo Ministério da Saúde, mas contará com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde, que irá repassar 25% do custeio para sua manutenção ? R$ 7 milhões por ano. O Ministério da Saúde fará também um repasse anual à Prefeitura do Rio de cerca de R$ 100 milhões.
Sob responsabilidade da Prefeitura do Rio de JaneiroA prefeitura ficará responsável por ampliar o programa Saúde da Família, para a atenção básica e redução das filas em hospitais. A previsão do secretário municipal de Saúde, Ronaldo César é estruturar 180 equipes até o final do ano, e outras 80 até dezembro de 2006.