Nesta quinta-feira, (03), a FDA (entidade que regula os medicamentos nos EUA) divulgou um relatório que informa que a agência aprovou
35 novos medicamentos nos 12 meses encerrados a 30 de Setembro, marcando o segundo maior número de aprovações nos últimos dez anos, superado apenas pelas 37 autorizados registadas em 2009.
Segundo a Comissária da FDA, Margaret Hamburg, a taxa de aprovação representa um desempenho muito forte, tanto por parte da indústria como por parte da FDA. E ressalta que continua a utilizar todos os recursos possíveis para obter novos tratamentos para os doentes.
A entidade reguladora atribuiu a taxa de aprovações aos processos de aprovação acelerada, à flexibilidade nos requisitos de ensaios clínicos e aos recursos recolhidos ao abrigo da Prescription Drug User Fee Act.
De acordo com a FDA, quase metade dos medicamentos aprovados foram considerados “significativos avanços terapêuticos em relação
às terapias existentes” e 10 eram para doenças raras ou órfãs.
A FDA disse que o relatório também demonstrou aprovações mais rápidas nos EUA em comparação com outros órgãos reguladores.
Especificamente, 24 das 35 aprovações ocorreram nos EUA antes de qualquer outro país do mundo e antes da UE.
Dos medicamentos aprovados no período de 12 meses, a FDA indicou que quase metade receberam aprovação no âmbito do programa de revisão prioritária e três foram autorizados pelo processo de aprovação acelerada da agência. Além disso, 34 dos 35 medicamentos foram aprovados durante ou mesmo antes do tempo limite de revisão e dois terços dos medicamentos viram a sua aprovação concluída num único ciclo de revisão.
Em termos de áreas de doenças, a FDA avançou que sete das novas terapias representam “grandes avanços no tratamento do cancro”, incluindo o Zytiga® (abiraterona) da Johnson & Johnson para o cancro da próstata metastático e o Zelboraf® (vemurafenib) da Daiichi Sankyo e da Roche para o melanoma metastático. Além disso, a entidade reguladora aprovou o Adcetris® (brentuximab vedotin), da Seattle Genetics, a primeira aprovação para um medicamento para o linfoma de Hodgkin em 30 anos, e o Benlysta® (belimumab), da GlaxoSmithKline e da Human Genome Sciences, que representa o primeiro tratamento para o lúpus a conseguir a aprovação em mais de 55 anos.
Parceria
O hospital estadual Emílio Ribas vem testando novas drogas mais potentes para tratamento e cura da hepatite C, sob supervisão do FDA (Food and Drug Administration) norte-americano.
Para a equipe do Núcleo de Apoio à Pesquisa do Instituto Emílio Ribas, os estudos em andamento significam uma nova era no tratamento da doença.
Segundo os médicos infectologistas do Instituto, o tratamento atual tem alcançado uma média de 50% de cura, e de 35% a 40% em pacientes portadores da hepatite C do genótipo 1.
No entanto, novas drogas sintéticas prometem revolucionar o tratamento da doença. Duas delas já estão em uso nos Estados Unidos e na Europa e, acabam de ser aprovadas pela Anvisa (Telaprevir e Boceprevir) para comercialização.
A expectativa é de que o medicamento esteja disponibilizado para os pacientes do SUS até o segundo o semestre de 2012.
No caso do medicamento Telaprevir, associado ao esquema de medicação convencional (Interferon e Ribavirina) foi possível alcançar 75% de cura em pacientes não tratados e 88% em pacientes que tiveram recaídas após realizar um tratamento tradicional. O medicamento Boceprevir também alcançou os mesmos êxitos.
Segundo o responsável pelos estudos do Emilio Ribas, Roberto Focaccia, nove pacientes tratados no hospital com o Telaprevir – conjugado
ao tratamento convencional, oito tiveram a cura da doença.
A equipe de médicos do Grupo de Hepatites do Emílio Ribas participa agora dos novos estudos de avaliação clínica com as novas drogas desenvolvidas, como o Alispolivir.
O medicamento atua diretamente na célula hepática e é ativo contra todos os genótipos do vírus da hepatite C. Outro teste é de um medicamento inibidor de polimerase que, em fase inicial de testes em voluntários, já alcançou 100% de cura.
A esperança dos pesquisadores reside também na possibilidade futura de substituir o Interferon atualmente em uso, que gera efeitos colaterais semelhantes à quimioterapia oncológica por drogas que causem sensíveis reduções dos efeitos indesejáveis.
FDA aprova 35 medicamentos no ano fiscal de 2011
Aprovação representa um desempenho muito forte, tanto por parte da indústria como por parte da agência
Tags