Especialistas ocupam apenas 1% do total da classe médica no País.
Mercado é promissor
Durante a residência médica, o profissional deve selecionar a qual especialidade deseja se dedicar. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Patologia, Carlos Renato Melo, uma das menos procuradas é a patologia, em grande parte pelo desconhecimento e pela falta de um professor modelo nos cursos de graduação. “Porém, sem este profissional, os diagnósticos de diversas doenças não podem ser realizados. O trabalho exige grande dedicação não somente durante os estudos, mas na prática em si. Apesar do baixo valor pago pelos exames, o paradoxo é que a especialidade ocupa o 6º lugar do ranking das mais bem remuneradas no País”, ressalta.
No Brasil existem cerca de três mil patologistas, número que corresponde a 1% do total da classe médica. “Não conhecemos nenhum estudo referente ao número ideal de patologistas para um País. Sabemos, com certeza, que a distribuição é bastante irregular entre as regiões e podemos ter uma ideia sobre essa distribuição irregular quando comparamos o Brigham and Women’s Hospital, de Boston, que tem o mesmo número de profissionais de todo o País de Portugal, cerca de 120”.
O mercado de trabalho é amplo e ainda tem muito espaço para ser preenchido. A maioria das cidades brasileiras não comportaria um laboratório de patologia, já que os custos de manutenção são muito altos, mas ainda existe um bom potencial nas cidades de médio e grande porte.