Hospitais espalhados pelo Brasil reclamam da falta de profissionais de TI com foco na Saúde. O problema se agrava quando a unidade instala uma nova solução ou o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) e, sem um profissional qualificado, acaba prejudicando todo o processo de implantação. Para discutir essa situação, representantes de diversas áreas de ensino, no Brasil e no exterior, se reuniram em São Paulo esta manhã (06) para mostrar como as instituições de ensino têm reagido a essa falta de profissionais qualificados.
Experiências acadêmicas
Um dos casos apresentados foi do Hospital Italiano de Buenos Aires, na Argentina, que possui um Programa de Informática em Saúde, reponsável por agregar conhecimentos como a ciência da computação e da saúde, até epidemiologia e sistema de gerenciamento no setor. ?Tentamos tornar o curso o mais interdisciplinar possível e hoje temos alunos de várias partes da América do Sul?,  conta o representante do hospital argentino, Fernan Quirós.  Esta mesma linha interdisciplinar é seguida pelo curso de graduação Informática Biomédica, da USP de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. ?Trata-se de um curso não canônico, baseado na formação do conhecimento?, explica o professor da USP, Evandro Seron Ruiz. Segundo ele, o maior desafio do curso é o de abordar problemas não estruturados, típicos da saúde.
Já o Programa de Informática em Saúde, do Centro Nacional de Informática em Saúde Pública dos EUA, encontrou outra maneira de formar o conhecimento dos profissionais de TI no segmento: a troca de informações. ?Nosso foco é criar comunidades de profissionais que possam trocar experiências e compartilhar conhecimentos. Nosso papel é o de providenciar uma estrutura que possibilite essa experiência?, conta o representante do programa e conselheiro especial do Departamento de Controle e Prevenção (CDA em inglês) dos EUA, Leslie Lenert. Foi justamente nesta troca de informações que se descobriu a necessidade do treinamento se estender a pessoa que está acima do profissional de TI na hierarquia. ?Percebemos que, muitas vezes, esse superior não tem a completa compreensão das conseqüências dos projetos de TI. Por essa razão, oferecemos um curso de introdução à informática nos nossos eventos – o que torna mais fácil o processo de informatização nos hospitais”,complementa.
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