Falhas na comunicação entre médicos de UTIs podem aumentar a taxa de mortalidade, segundo estudo feito por grupo ligado ao Hospital Moinhos de Vento e à Universidade Federal de Ciências da Saúde, de Porto Alegre.

 

A falta de encontros entre os profissionais envolvidos no tratamento e atrasos em procedimentos estão entre os problemas mais comuns. A pesquisa também aponta que os profissionais da saúde têm diferentes percepções do que é importante relatar uns aos outros, além das dificuldades que os membros mais jovens têm de questionar os mais velhos e visões diferentes de condutas dentro da equipe.

Comunicação vital

A pesquisa, realizada com 792 doentes, mostrou que a taxa de mortalidade cai quando equipes ampliam a troca de informações.

Os pacientes foram acompanhados durante um ano e meio e divididos em três grupos, de acordo com a frequência de comunicação entre os médicos-assistentes- que não ficam o tempo todo na UTI- e os médicos rotineiros da unidade, responsáveis por complicações agudas.

A taxa de mortalidade foi de 26% no grupo que se comunicava raramente contra 13% entre aqueles em que as conversas eram quase diárias.

O supervisor médico da pesquisa, Eubrando Oliveira, ressalta que o estudo foi realizado apenas em Porto Alegre e pode ser questionado quanto a seu rigor científico. No entanto, ele destaca que os resultados servem de alerta. “A comunicação pode ter impacto em vários desfechos dentro de uma UTI e, por isso, ela deve ser uma meta para todos os hospitais”, diz.

*Com informações da Folha de S.Paulo

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