Médico do Vita Check-Up Center dá dicas para reduzir cansaço excessivo, que pode causar desde doenças de pele até o infarto

A fadiga é, hoje, um quadro sintomático comum no cotidiano da população. É aquele cansaço excessivo, diário, que atrapalha, principalmente, as relações de trabalho, além de influenciar negativamente a produtividade, a atividade intelectual e até as relações afetivas. Pode também comprometer de forma direta a qualidade de vida de seus portadores, já que pode facilitar a ocorrência de doenças, levar à baixa autoestima e ao comprometimento do desempenho sexual. Por isso, é preciso estar atento aos seus primeiros sintomas, para não deixar que o quadro ganhe uma proporção desastrosa.

“A fadiga é um conjunto de sintomas que atinge o corpo de várias maneiras. É o cansaço físico clássico em excesso. Ela pode se dar de várias formas nos campos físico e mental, no desempenho intelectual, no relacionamento, na tolerância, etc”, explica o clínico e diretor-médico do Vita Check-up Center, Antonio Carlos Till. O médico esclarece ainda que vários sintomas apontam diretamente para esse quadro, mas a agenda abarrotada de compromissos diários pode, muitas vezes, atrapalhar o diagnóstico.

“Cansaço extremo decorrente da carga de trabalho excessiva, que informalmente chamamos de “bater pino”, atrapalha o desempenho intelectual, ocasionando diagnóstico como piora na produtividade do trabalho; redução da capacidade de memória; piora na qualidade do sono; dificuldade no foco; aumento da ocorrência de erros, com apatia e falta de disposição para ir ao trabalho, determinando um círculo vicioso (menor descanso, menor recuperação do gasto de energia, elevação do cansaço, enfrentamento da jornada com mais dificuldade)”, enumera o clínico.

O especialista destaca ainda que o estresse crônico, aliado à fadiga, pode desenvolver distúrbios físicos que atingem desde a pele até o coração. “Além do aumento da intolerância, da irritabilidade, do senso de conciliação e da redução da compreensão e do entendimento das adversidades do dia-a-dia, somatizando um grande estresse negativo, a fadiga, do ponto de vista físico, pode gerar doenças de pele (desidrose, dermatite seborreica, psoríase), do aparelho digestivo (gastrite, úlcera, síndrome do colo irritável), enxaquecas, hipertensão arterial e outras. Queda de cabelo, diminuição da força muscular e distúrbios de sono também podem ocorrer”, alerta o especialista do Vita Check-Up Center.

Workaholics estão mais propensos ao cansaço demasiado

Além dos fatores psicológicos mencionados, o clínico observa que problemas na família e financeiros podem agravar o quadro da fadiga. “A pessoa já vai para o trabalho com a energia abaixo de 100%, o que reduz a sensação de motivação, de realização, de proatividade. Este é um quadro muito comum entre os altos executivos”, comenta Till. “Certamente, há uma questão muito individual para enfrentar a carga de trabalho, mas esses fatores sobrecarregam o emocional e drenam energia”, acrescenta o médico.

Causas externas também acometem a qualidade de vida e geram a fadiga relacionada ao trabalho. O diretor do Vita Check-Up Center aponta que a mobilidade urbana, por exemplo, é um fator determinante na qualidade da rotina profissional. “Muitos chegam ao trabalho depois de horas de engarrafamento, em seus automóveis, ou apertados no metrô, nos ônibus. Hoje, o tempo perdido no deslocamento da casa ao trabalho, isto é, a deterioração da mobilidade urbana é um grande inimigo da produtividade, além de provocar a fadiga emocional. Esse quadro impacta na relação familiar, sexual, na alimentação irregular e de baixa qualidade, e no humor”, aponta Till.

“Ambientes de trabalho muito barulhentos, desorganizados e com grande aglomerado de pessoas podem intensificar o quadro da fadiga. O local de trabalho deve ser preparado adequadamente para que o profissional tenha tranquilidade para raciocinar, criar e executar, o que eleva a produtividade. Unindo essas dicas ao apoio especializado, é possível sair do mapa da fadiga, já que é difícil a pessoa se libertar sozinha”, aponta o especialista. “E o mercado já percebeu o quanto é importante evitar ou minimizar esse cansaço excessivo. Há empresas que, por exemplo, diariamente desligam as luzes ao final do expediente para que o funcionário não trabalhe além do horário”, assegura o médico.

Muitos profissionais se orgulham de ter uma jornada de trabalho excessiva, diz Till. Porém, o médico conta que os workaholics estão mais expostos à fadiga e suas consequências negativas à saúde. “É preciso conciliar anseios, aspirações, ambições e metas laborais, bom senso, bem-estar e adequadas condições físicas e psicológicas, investindo na promoção da saúde a fim de estar preparado para esse esforço e evitar que ele seja uma rotina”, ressalta o clínico. “Para isso, além de estar em dia com o check-up periódico, é fundamental também eliminar maus hábitos como álcool, fumo, consumo exagerado de gorduras e açúcares e altas jornadas de trabalho e estudo. É crucial não abandonar o lazer, o convívio com a família, com os amigos e estar atento às questões internas para enfrentar adversidades do dia a dia”, finaliza o diretor do Vita Check-up Center.