Neste ano, a Fanem apresentou um aumento de 25 % em vendas, o que está associado ao crescimento de 240% na exportação de produtos médico-hospitalares e 24% no mercado interno. De acordo com Marlene Schmidt, diretora executiva da empresa, os indicadores refletem a instabilidade do mercado de saúde brasileiro. “Os desafios para a indústria são a aplicabilidade do PAC da Saúde, que ainda está em andamento, e a falta de apoio do governo com políticas de incentivo ao mercado interno”, revela.
Até 2005, a Fanem exportava para 60 países. Atualmente, o leque ampliou-se para 90, incluindo Indonésia, Egito, Vietnã e Rússia, entre outros. Com muitos desses países, a empresa mantém acordos de representação exclusivos, que incluem assistência técnica e manutenção local. “O trabalho de relacionamento em workshops e palestras é fundamental para o crescimento”, esclarece Marlene.
Do total de exportações brasileiras no segmento de Neonatologia, um total de 93% são provenientes da empresa. No entanto, segundo Marlene, o domínio de um nicho de mercado não exclui outro. “O trabalho está em investir em outros setores. A Fanem vai começar a trabalhar em centrífugas, câmaras para conservação de vacinas e sangue, entre outros”, conta a diretora-executiva.
A Fanem, que comemora 83 anos de presença no mercado neste ano, aposta também em Pesquisa & Desenvolvimento de equipamentos, destinando entre 8% a 10% de seu faturamento para a área. “Os recursos estão sendo alocados em metrologia, engenharia e experimentação de produtos para priorizar a inovação”, conclui a executiva.
Exportações representam 40% do faturamento da Fanem
Para a diretora executiva, Marlene Schmidt, mercado externo é meio para sobreviver frente à crise da Saúde no Brasil
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