Tendo assumido o Grupo Fleury com um faturamento de R$20 milhões e deixando-o com um faturamento de R$500 milhões, Ewaldo coordenou o crescimento e profissionalização da empresa, o que permitiu transformar o grupo no segundo maior laboratório do Brasil, atrás apenas do DASA.
VISÃO EMPREENDEDORA
Logo que entrou no Grupo Fleury, muitos dos sócios dos laboratórios concorrentes tinham retiradas mensais muito acima da retirada dos sócios do Grupo Fleury, pois este havia estabelecido um pró-labore, reinvestindo o restante dos lucros no crescimento da empresa, o que garantiu seu fortalecimento. De acordo com Ewaldo, “Não adianta ter o dono rico e a empresa pobre”. Alguns anos depois quando surgiu a primeira janela de oportunidade para captar recurso, o Grupo Fleury buscou seu primeiro financiamento e desenhou um ousado projeto de expansão. Até então, o Fleury possuia apenas a Unidade Brasil e Cincinato Braga.
A MARCA FLEURY
O Fleury, desde o seu início, era uma marca muito forte e isto sempre permitiu cobrar um valor superior. Isto fez com que a empresa sempre fosse lucrativa, o que permitu gerar recursos para o crescimento futuro.
O DASA E A ABERTURA DE CAPITAL
O Delboni era um laboratório mais popular e sem recursos próprios para expansão, porém Caio Auriemo vislumbrou na associação com um fundo de investimento a fonte de recursos necessária para financiar a expansão e consolidação do Mercado. O Grupo Fleury reagiu a entrada deste agressivo player e acelerou seu processo de aquisições no Mercado. Contudo, o volume de recursos necessários neste processo torna a abertura de capital um processo necessário. O Grupo Fleury passou a se preparar rapidamente para este processo, que poderia ter acontecido mais rapidamente, se as condições externas tivessem sido mais favoráveis.
DE EXECUTIVO A INVESTIDOR
Hoje, Ewaldo Russo faz parte do Grupo São Paulo Anjos, investidores anjo, que se reúnem periodicamente para analisar planos de negócio e investir, nos negócios que considerarem promissores. De acordo com ele, a maior dificuldade é achar boas idéias e empreendedores com o perfil adequado, leia-se vendedor. “O empreendedor tem que ser capaz de vender o negócio para os investidores, e para os futuros clientes, isto é fundamental”diz Ewaldo. “Não basta ter um produto tecnicamente excelente e não saber precificar, ou não conseguir que o Mercado pague aquilo que você acha que vale”.
MÉDICOS TÉCNICOS x MÉDICOS EMPREENDEDORES
Os médicos tendem a enfatizar demais o conhecimento técnico e negligenciam os aspectos comerciais do negócio: quem é o seu cliente, qual sua capacidade de pagamento, quais atributos o trazem para o seu negócio. É fundamental saber o que de fato é valorizado pelo cliente. A clínica Pro-Men é um exemplo interessante deste processo. Fundada por um empreendedor não médico, buscou investidores para lançar o projeto e tem tido um excepcional crescimento ao focar exclusivamente no Mercado de disfunção erétil.
APRENDER GESTÃO
O conhecimento sobre gestão está disponível e quando o profissional de saúde sentir necessidade de se aprimorar nesta área existem excelentes cursos disponíveis. Ewaldo realizou o MBA na FIA e atualmente é professor do MBA em Economia e Gestão de Saúde, do CPES (Centro Paulista de Economia da Saúde).