Antes de se definir pela incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) de novas terapias em cardiologia envolvendo células-tronco, o Ministério da Saúde vai promover um amplo estudo para que cada uma das áreas envolvidas nas pesquisas possa se manifestar. Essa foi a principal decisão de 22 estudiosos da terapia celular reunidos na última semana no Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras. O encontro foi promovido pelo Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde (Decit), informa a Agência Saúde. Ficou estabelecido que os ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia devem patrocinar um estudo multicêntrico que envolverá diversas instituições de pesquisa e hospitais. A idéia é permitir que cada uma das áreas da terapia celular envolvidas (que pesquisam os efeitos da nova técnica em pacientes que sofreram enfarte agudo do miocárdio, têm insuficiência cardíaca dilatada, doença de Chagas ou lesões crônicas pós-enfarte, infarto agudo do miocárdio) seja ouvida e possa participar do projeto.
Para isso serão lançados quatro editais públicos nacionais. Eles terão por objetivo a qualificação de centros e grupos de pesquisa. Numa segunda etapa, esses centros, em conjunto com os organismos governamentais, vão elaborar os protocolos de pesquisa específicos para cada um dos quatro modelos envolvidos.
Cientistas e especialistas acreditam que novos estudos são necessários, para que se possa ter certeza de que as novas técnicas são totalmente seguras. Eles também defendem que, antes de incorporar a nova tecnologia ao SUS, é preciso destrinchar totalmente seus efeitos e ter absoluto controle do que ocorre no organismo com a injeção de células-tronco.
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