De um total de 800 estudos apresentados, pesquisa

do Centro de Insuficiência Cardíaca do Hospital Pró-Cardíaco

fica entre as 30 melhores do Heart Failure Congress 2011.

Neste mês de agosto, outra investigação feita pela unidade concorrerá no European Society Cardiology Congress, em Paris.

 

O Pró-Cardíaco é o único hospital brasileiro a utilizar a bioimpedância de forma sistemática no diagnóstico clínico-hemodinâmico do paciente com insuficiência cardíaca aguda. E os resultados de um estudo recente realizado pelo Centro de Insuficiência Cardíaca do Hospital, coordenado por Dr. Marcelo Montera, comprovaram que essa tecnologia pode, realmente, melhorar a assistência aos pacientes com esse perfil. 

Em Avaliação hemodinâmica não invasiva pela bioimpedância cardiográfica 

comparada à avaliação clínica e ao peptídeo natriurético tipo B (BNP) em pacientes com insuficiência cardíaca aguda”, comprovou-se que a bioimpedância altera em 50% dos pacientes o diagnóstico inicialmente estabelecido através da avaliação clinica, do raio-x de tórax e do BNP, aumentando a precisão não só do diagnóstico como da terapêutica. O estudo foi apresentado no American College of Cardiology, em abril, e concorrerá no European Society Cardiology Congress, em Paris, neste mês de agosto.

Outra recente descoberta dos médicos da unidade foi de que a biópsia endomiocárdica é o único método capaz de diagnosticar a miocardite (inflamação do músculo do coração) com alta acurácia; e que, entre os métodos não invasivos, a ressonância magnética teve uma capacidade intermediária de prever o diagnóstico. Os resultados estão no estudo “Acurácia dos métodos diagnósticos não invasivos em diagnosticar a miocardite crônica em pacientes com cardiomiopatia dilatada, aprovado em maio deste ano no Heart Failure Congress 2011, Congresso Europeu de Insuficiência Cardíaca realizado na Suécia. A pesquisa ficou entre as 30 melhores, de um total de 800 apresentadas.

Segundo Dr. Montera, neste caso, foi feita a avaliação da capacidade do exame clínico, do eletrocardiograma, do ecocardiograma e da ressonância magnética em prever o diagnóstico dos pacientes com o perfil citado acima, submetidos à biópsia endomiocárdica. Foram 179 pacientes, obtidos no Hospital nos últimos cinco anos. “Este estudo espelha o esforço da instituição em fornecer aos cardiologistas a ponta da avaliação diagnóstica das miocardites, e teve o seu valor reconhecido pela Sociedade Européia de Insuficiência Cardíaca”.