O estresse é considerado o mal do século. De acordo com um levantamento da Stress Management Association (Associação Internacional do Controle do Estresse), o Brasil é o segundo país do mundo com o maior nível de estresse.

Os momentos de nervosismo abalam todo o organismo, causando desiquilíbrio mental e físico. A cardiologista Dra. Yara Aguiar, do Hospital do Coração do Brasil, em Brasília, explica que os ataques de fúria podem levar a alterações no sistema cardiovascular. “O organismo desencadeia uma resposta ao estresse, aumentando os níveis de vários hormônios como, por exemplo, a adrenalina. Isso aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial.”

A médica comenta que a expressão “sangue quente” é usada porque a reação do corpo em momentos de estresse faz com que os vasos sanguíneos se dilatem. “Neste tipo de situação, o organismo se prepara para lutar ou fugir, aumentando a circulação de sangue no coração, no cérebro e nos músculos. O corpo envia um alerta, fazendo com que as batidas cardíacas sejam mais fortes e aceleradas, além de aumentar a circulação sanguínea”, detalha.

Dra. Yara alerta que pessoas estressadas podem ter mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares. “Quando o estresse se torna crônico, múltiplo e contínuo, sobrecarrega o organismo como um todo. Essas situações causam um desequilíbrio nos hormônios, podendo levar à pressão alta, arritmias e síndrome do coração partido, uma patologia que simula a dor de um infarto”, conclui a especialista.