A participação do Brasil no G20 – grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia – reflete a posição de destaque do país no cenário mundial. Segundo o economista Ricardo Amorim, o Brasil deve manter essa tendência de crescimento, com o setor de saúde desenvolvendo um papel fundamental.
“Não há país que dê certo, ao longo do tempo, sem um setor de saúde forte”, enfatiza.
Nesta quinta-feira (23), Amorim participou do debate a respeito do atual cenário da saúde no Brasil e dos desafios do novo governo. O encontro ocorreu no Fórum Bionexo de Negócios Hospitalares, em São Paulo.
Também presente no evento, Francisco Balestrin, vice-presidente da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp), compara o atual momento da economia brasileira a um “trem-bala”.
Neste contexto, Balestrin aponta para alguns desafios que devem ser enfrentados pelo próximo governo, para a garantia do acesso do cidadão ao serviço público e privado de qualidade.
Uma vez que os custos com a saúde crescem de forma assimétrica em relação ao aumento das riquezas nacionais, Balestrin destaca a necessidade de haver programas de prevenção, que diminuam a necessidade posterior de utilização desses serviços.
“Instituições de saúde fazem mal, o ideal é que ninguém precise delas”, completa.
Apenas um Regulador
Durante o debate, Francisco Balestrin afirmou que o Estado deve focar na governança dos processos no setor de saúde.
“Gostaria que o governo assumisse mais o papel de formulador de políticas e menos o de operador”, diz.
A opinião foi compartilhada pelo superintendente da Associação Paulista para Desenvolvimento da Medicina (SPDM), Nacime Salomão.
“Não dá para continuar com o Estado querendo executar serviços e ações de saúde de forma direta”, afirmou.
Já o presidente da Bionexo, Maurício de Lázzari, lembrou do papel das agências reguladoras nesse processo.
“Elas devem permitir que os players de saúde trabalhem de uma forma muito mais livre, com menos intromissão”, diz.
Outros Desafios
Na opinião de Nacime Salomão, o próximo governo deve colocar em prática, a regionalização do sistema de saúde pública.
“É preciso focar a atenção do município na assistência básica, e assim por diante”, afirma.
Já o superintendente da Associação Congregação de Santa Catarina (ACSC), Euler Baumgratz, aponta para o que ele considera ser outro problema.
“Não há recursos suficientes para gerir o sistema. A história de que ?falta gestão, não recursos” não é verdade”, diz.
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