Em 2011 a multinacional francesa Air Liquide, empresa especializada em gases medicinais retomou seu plano de investimentos e lançou o projeto Alma II, uma extensão do programa Alma, com duração até 2015. Além de aumentar o desempenho da empresa da mesma forma que seu antecessor, o projeto Alma, a iniciativa também leva os pilares de sustentabilidade, considerado a grande diferença entre os dois planos. ?Além de sermos reconhecidos como líderes de vendas e performance, queremos estar entre as empresas sustentáveis?, acrescenta o diretor medicinal da empresa, Alexandre Bassaneze. 

Segundo o executivo, a América Latina e o Brasil são um dos focos da Air Liquide em função dos investimentos que a região tem recebido. No caso do Brasil, além da entrada de capital, a estabilidade política e econômica que o País tem demonstrado ao mundo também pesaram na decisão de investir. ?O Grupo tem destinado recursos cada vez maiores. Fala-se muito nos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia China e África do Sul), no entanto nenhum país tem um mercado de saúde maduro e consolidado como o brasileiro?. Para ele estes mercados emergentes ainda estão muitos anos atrasados em relação ao Brasil.

?Aqui existe o SUS, que apesar de seus problemas, é um sistema que está funcionando e as pessoas têm trabalhado para melhorá-lo. Além do setor privado, que é muito bem organizado?, coloca Bassaneze

A empresa, dentro desse contexto todo, enxerga que o Brasil é um país onde é possível oferecer todo seu portfólio de produtos, não só na área de gases medicinais, mas também no que a Air Liquide denomina ?oferta global?, ou seja, qualquer produto que tenha interface com algum tipo de gás.

?O Brasil é um país onde conseguimos implementar o modelo de negócio da Air Liquide de forma bem sucedida e para os próximos anos o segmento de saúde nacional será o foco da Air Liquide e nossa responsabilidade é ter um bom desempenho?, afirma o executivo.

O Grupo Air Liquide fatura em torno de 13 bilhões de euros em todo o mundo sendo que 20% desse faturamento vêm de sua vertical em saúde.

Como estratégia, a multinacional busca o setor privado devido aos altos investimentos que vem recebendo e também parcerias com OSSs. ?Infelizmente hoje não temos a segurança de atuar na área pública de maneira extensiva por não termos segurança nos recebimentos, que são fundamentais para uma sustentabilidade econômica. O que temos buscado na área pública são parcerias com as organizações sociais devido ao modelo de contratação de serviços, que são similares aos do setor privado? finaliza Bassaneze.