O poder dos alimentos para manter a saúde é comprovado, mas nem sempre as pessoas valorizam o que põem no prato. Problemas como gripe, insônia e TPM podem ser aliviados com o cardápio certo. Até o tratamento contra o câncer pode ter os alimentos como aliados.

Cerca de 70% de todas as doenças, inclusive o câncer, podem ser prevenidas com mudanças no estilo de vida, como alimentação adequada, atividade física regular e menos estresse. No caso do câncer, após o diagnóstico da doença, o estado nutricional é de fundamental importância.

Por isso, a Unimed Oncologia, unidade da Unimed Vitória, especializada no atendimento a pacientes oncológicos, disponibiliza a todos os seus clientes em tratamento um serviço com atendimento nutricional individualizado.

“Nos pacientes oncológicos, as consequências da desnutrição são graves, pois acarretam maior incidência de mortalidade e morbidade, assim como maior tempo de internação hospitalar. Isso porque um estado nutricional adequado é fundamental para a manutenção de um sistema imunológico eficaz e a indicação precoce de terapia nutricional no tratamento de pacientes com câncer traz diversos benefícios”, afirma a nutricionista da Unimed Oncologia, Camila Gomes.

Entre eles, podemos citar a melhora da resposta ao tratamento oncológico, rádio e quimioterapia; assim como uma melhor evolução no pós-operatório, com redução das complicações (infecções); e também um menor tempo de permanência hospitalar e melhora da qualidade de vida.

Confira algumas dicas importantes:

– Mantenha uma alimentação variada, baseada em alimentos de origem vegetal, minimamente processados e ricos em fibras.

– Mantenha o peso adequado.

– Pratique atividade física regularmente.

– Consuma de 400 a 800g de hortaliças e frutas variadas por dia.

– Faça a ingestão de 600 a 800g por dia de cereais variados, leguminosas, raízes, tubérculos.

– Limite o consumo de açúcar refinado.

– Evite e/ou limite o consumo de bebidas alcoólicas.

– Limite o consumo de carne vermelha a menos de 80g ao dia. Prefira peixe ou aves.

– Limite a ingestão de gordura e opte por óleos vegetais, de preferência os monoinsaturados.

– Limite o consumo de alimentos salgados ou em salmoura e o sal de cozinha. Utilize ervas e especiarias para temperar os alimentos.

– Combine proporções adequadas de carboidratos, proteínas e gorduras na dieta.

– Consuma alimentos ricos em fotoquímicos como os glucosinolato presentes no brócolis, couve, couve-flor, couve-de-bruxelas, rabanete, repolho, mostarda, alho, agrião, nabo e raiz forte, capazes de atuar na redução do risco de câncer;

– Coma frutas cítricas in natura e/ou em sucos. Estudos comprovam uma associação inversa entre a ingestão dessas frutas e o risco de se desenvolver câncer.

Comida que cuida

A Unimed Oncologia disponibiliza no seu site para seus cliente se para o público em geral a íntegra o livro “Comida que cuida – Dicas de alimentação durante o tratamento de câncer”. A publicação possui receitas para diminuir o mal-estar, encher os olhos e devolver a água na boca de quem está com dificuldades para se alimentar.

Outras doenças e os alimentos que podem ajudar a combatê-las:

Rinite alérgica

Ambientes fechados ou floriculturas são armadilhas para os alérgicos. O acúmulo de pó e o pólen das flores provocam espirros e coriza porque a mucosa nasal inflama e produz secreção para proteger o organismo. Alimentos como abacaxi e agrião são considerados “mucolíticos”: possuem substâncias que quebram o muco e facilitam a respiração.

Azia e gases

Uma xícara de chá de alecrim pela manhã reduz sintomas de azia. As propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias da erva protegem a mucosa estomacal. O alecrim ou espinheira-santa em infusão são ótimos para aliviar gases.

Colesterol

A maçã tem pectina, fibra que auxilia na diminuição do colesterol plasmático, um dos principais responsáveis por problemas cardiovasculares. E uma colher de aveia no cardápio diminui a absorção de gorduras e favorece sua eliminação. Mas é preciso estar atento: colesterol alto exige corte radical de

Intestino preso

O segredo é ingerir fibras. Abóbora cozida, semente de linhaça e brócolis são ótimas fontes. As folhas verdeescuras, como escarola e almeirão, têm inulina, uma das fibras mais eficazes no estímulo da função intestinal. Para quem gosta de mingau, o farelo de aveia é uma opção.

Insônia e ansiedade

Os alimentos não têm o poder de curar a insônia, mas podem aliviar o problema, com a ajuda do triptofano. Esse aminoácido, presente nas proteínas, quando associado ao carboidrato, favorece a produção de serotonina, neurotransmissor que participa da produção de melatonina, hormônio indutor do sono. O conselho é incluir arroz e pão integrais, leite, nozes e lentilha no cardápio. Contra a ansiedade, uma receita saborosa: misture banana-nanica e iogurte – ambos contêm triptofano, que age como um calmante natural.

Desânimo

Pode parecer clichê, mas a melhor injeção de ânimo é um café da manhã completo. Uma mesa com cereais, fibras e frutas (frescas ou secas) pode ajudar a “acordar” a glândula suprarrenal, responsável pela regulação do cortisol, hormônio associado ao stress. Para estimular a oxigenação dos tecidos e garantir o entusiasmo, nas demais refeições inclua ferro e vitamina B, com alimentos como lichia e verduras de folhas escuras.

Tensão pré-menstrual

Estudos comprovam os efeitos benéficos dos derivados da soja, como tofu, leite de soja ou missô, ingrediente da culinária japonesa, para suavizar as mudanças hormonais

Depressão

O regime alimentar, nesse caso, precisa servir como estímulo para a pessoa voltar à vida criativa. Para evitar a falta de vitaminas e minerais, que acelera o processo depressivo, recomenda o consumo de frutas. A boa notícia para algumas pessoas é que chocolate amargo tem o mesmo papel. Ele contém anandamida, substância que diminui a sensação de tristeza e reduz os níveis de hormônio do estresse.