Colaboração da Tecverde com a Brasil ao Cubo e uso da metodologia BIM tornaram a meta possível

Com a necessidade de atender a população da comunidade de M`boi Mirim em São Paulo, por conta do avanço da Covid-19, as empresas Tecverde e Brasil ao Cubo foram desafiadas a projetar e construir um hospital permanente com 100 leitos em menos de 40 dias. A instituição será doada para a comunidade após o fim da pandemia.

O projeto foi pioneiro não apenas pela complexidade e agilidade, mas pelos processos e tecnologia aplicados na produção do mesmo.

A Tecverde tem desde sua inauguração, há 11 anos, a tecnologia como DNA. Seu propósito é criar processos de industrialização para a construção civil. Para isso, desde 2015 tem usado o software Autodesk Revit para criação e produção de sistemas modulares. Hoje esse processo está muito mais sofisticado. A Tecverde chega a “descontruir” projetos elétricos e hidráulicos a fim de levantar dados detalhados de componentes para que o orçamento da obra seja feito com precisão e evite-se o desperdício.

Quando a Brasil ao Cubo, construtech que tem como missão a aceleração da construção para entrega de projetos em curto prazo, foi chamada para este projeto, avaliou que a Tecverde, pela premissa do uso da tecnologia para agilidade e melhor aproveitamento de materiais, seria o melhor parceiro para atender às expectativas de cronograma com qualidade.

Com esse espírito de parceria, as empresas uniram a tecnologia da estrutura modular da Brasil ao Cubo com as informações dos sistemas elaborados pela Tecverde.

“Seria humanamente impossível executar uma obra tão complexa e em tempo tão limitado sem o uso da metodologia BIM (Building Information Modeling)”, afirma Pedro Moreira, diretor técnico da Tecverde.

Segundo Moreira, o uso do Revit para modelar as disciplinas de arquitetura e instalações, já adotado em outras obras executadas pela empresa, facilitou muito a integração de informações e a conexão de dados com o ERP.

“Sem isso seria impossível lidar com o fluxo de informações que a obra demandava”, conclui.

Na prática a obra acontecia simultaneamente em 4 frentes (estrutura, paredes, montagem e campo), com 100 pessoas envolvidas. Os módulos foram fabricados e montados nos estados de Santa Catarina e Paraná e levados por caminhões até São Paulo. A estrutura é toda feita em aço.

“Poucas empresas estão olhando para o futuro da construção como a Tecverde. A pré-fabricação aponta para os temas da sustentabilidade e da união de manufatura e construção, apoiadas no BIM. Só com essa visão de aplicação de tecnologia uma obra dessas é possível neste prazo”, afirma Ricardo Bianca, especialista técnico sênior da Autodesk Brasil.

O hospital foi financiado pela prefeitura de São Paulo, Gerdau, Einstein e Ambev.

Equipe da Tecverde envolvida no Projeto:

Projetos de Produção e Montagem

Eng. Civil Larriê Cardoso

Eng. Civil Caio Ferreira

Eng. Civil Jeferson Maeda

Projetos de Instalações Hidrossanitárias e Gases Hospitalares

Eng. Civil Jayme Andreatta

Projetos de Instalações Elétricas e Chicotes Elétricos

Eng. Civil Felipe Biffi

Projetos Executivos de Acabamentos (Arquitetura)

Arq. Felipe Ost

Estagiário Eng. Civil Ian Andruszewicz de Oliveira

Coordenação

Arq. Pedro Virmond Moreira