Ele foi líder de TI da Orizon até 2011, depois de ter sido co-fundador da empresa de serviços em saúde Dativa – em conjunto com Antonio Endrigo, ex-gerente da ANS -, e agora vai ao mercado para falar da Tradimus. Fabio Monsanto aproveitou a experiência que obteve na Orizon com a implantação do TISS (Troca de Informações na Saúde Suplementar) em aproximadamente 100 operadoras para fundar uma empresa especializada em facilitar essa troca. A versão TISS 3.1 está vigente e o prazo de adesão vai até 30 de maio de 2014. O diretor da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Leandro Reis Tavares, comentou em evento nesta quinta-feira (21) que a agência vai passar a recepcionar os formulários da TISS em breve, a fim de entender melhor o perfil epidemiológico da população. ?Como a guia de transacionalização também inclui aspectos de pagamentos, será possível verificar as glosas que acontecem dentro do setor?, disse. Apesar da obrigatoriedade do padrão para as trocas eletrônicas referentes às autorizações de procedimentos e respectivas cobranças, muitas instituições ainda padecem para se adequar. De acordo com Monsanto, serviços de conectividade ofertados por empresas como Orizon, Medlink, entre outras, costumam incluir o TISS em meio a outros serviços agregados, necessitando de uma infraestrutura mais robusta. Além disso, o executivo observa uma tendência de, não mais terceirizar a conectividade, mas internalizá-la. ?Somos uma alternativa para que o mercado e específicos na conversação entre os sistemas da operadora e do prestador?, conta, lembrando que, apesar da padronização, as informações internas são diferentes de uma empresa para outra. ?Por isso criamos um barramento ? uma espécie de transformador que possibilita a comunicação e traduz os dados de ambos em uma única linguagem. Quando o prestador não consegue falar TISS, temo o TISS prestador, assim como o TISS operadora.? Monsanto enfatiza que é um trabalho consultivo e objetiva facilitar o dia a dia do profissional de TI. ?Isso não é prioridade para eles, a gente dá uma cartilha de como integrar TISS e ainda tira o mau humor de implantá-lo, demonstrando os benefícios financeiros e de qualidade gerados?. A interoperabilidade, proposta pela ANS, promete reduzir as recusas de pagamentos e informações desencontradas entre os envolvidos. O que a Tradimus propõe é que a TI passe a se concentrar no funcionamento do sistema de atendimento, no financeiro, de processamento de contas médicas, na inteligência de análise, tendo garantido de maneira isolada que a informação chegue corretamente para ser processada na outra ponta. O sócio-fundador ressalta, ainda, que as novas versões da TISS são fáceis de configurar, sem necessitar de investimentos futuros. Para ele, um dos aspectos que mais chama a atenção da versão 3.1 é a mensagem de recurso de glosa ? específica para recursar a glosa. ?Os prestadores vão se interessar por isso e operadoras terão que estar preparadas para responder?. Preparada para os negócios, o líder da Tradimus admite estar em conversação com uma Unimed do interior.