Durante a abertura da primeira ?Oficina Regional sobre Atenção em Genética Clínica no Sistema Único de Saúde (SUS)? (leia matéria anterior), vice-presidente da Sociedade Brasileira de Genética Clínica, Victor Ferraz, apresentou dados que apontam que cerca de 8 milhões de crianças no mundo sofrem com algum tipo de anomalia congênita ou doença genética. Dos casos, 95% atingem crianças de países em desenvolvimento. Segundo informações da Agência Fapesp, o objetivo do evento é promover a elaboração e a implementação de uma Política Nacional de Atenção em Genética Clínica. Depois de prontas, as diretrizes deverão ser inseridas na agenda do SUS para que ocorra uma padronização do atendimento em genética em todos os estados do país.
As pesquisas demonstram que cerca de 5% das gestações no Brasil evoluem para o nascimento de bebês com algum tipo de problema genético. Por isso, para Ferraz, está comprovado que essas doenças representam um problema de saúde pública grave e que merece atenção especial.
Para o secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barata, é preciso utilizar o avanço do conhecimento científico para tratar as patologias de origem genética. Para isso, torna-se necessário incorporar a genética ao SUS como uma das iniciativas de maior importância na atualidade.
A próxima oficina está prevista para ocorrer em Salvador (BA), em março de 2005, com gestores de saúde das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.