De acordo com dados do INCA – Instituto Nacional do Câncer são 52 mil novos casos estimados por ano no Brasil; agilidade é fundamental na detecção de nódulos e consequente tratamento

Considerado o principal exame na investigação das mamas, a mamografia é fundamental na detecção precoce de nódulos e consequente prevenção para casos de câncer de mama, o tipo mais comum entre as mulheres e segundo de maior incidência no mundo. No Brasil o número chega a 52 mil novos casos estimados a cada ano, de acordo com informações do INCA – Instituto Nacional do Câncer, que aponta também que a mortalidade ainda é elevada muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada tardiamente.

A Fundação IDI, maior provedora de exames de diagnósticos por imagem do país para a área pública, realiza uma média mensal de 15 mil mamografias nas unidades atendidas na capital e agilizou o processo com emissão de laudos em até 4 horas. Em casos emergenciais, o resultado pode sair em até 1 hora. Antes, o processo poderia durar até 90 dias.

Passo a passo da mamografia

Para ressaltar a importância da realização do exame a Dra. Suzan Menasce Goldman, coordenadora do setor de mamografia da Fundação IDI explica como ele é realizado. “Se a paciente não tiver antecedente pessoal ou familiar, o exame deve ser feito a partir dos 50 anos, bianualmente. Porém, se tiver algum histórico, o exame é indicado antes dos 40 anos”, diz.

A mamografia tem início com o preenchimento de um questionário para levantar informações relevantes que irão compor o histórico da paciente como idade (incidência maior entre os 50 e 70 anos), motivo (rastreamento ou queixa clínica), história na família (alguém que já operou a mama), hormônios (uso de anticoncepcional) e avaliação de exames anteriores, se houver.

Após o preenchimento a paciente é encaminhada à sala do exame, que é feito por uma técnica especializada, em aparelho periodicamente revisado por físicos e com calibração bianual. “Nesta etapa é importante a paciente estar com a mama limpa e não utilizar desodorante, talco, creme ou qualquer outro produto que prejudique a avaliação, distorcendo a imagem”, alerta Dra. Suzan.

Na sequência a mama é posicionada no aparelho para ser investigada com compressão vertical (médio-lateral) e horizontal (crânio caudal). “A mamografia é um procedimento simples e embora cause algum desconforto na paciente não é um procedimento doloroso”, ressalta a especialista.

Finalizado o procedimento a paciente aguarda a revelação do exame. Caso seja necessário realizar outras imagens adicionais ou até mesmo que o exame seja refeito, a paciente volta para o aparelho. Se tudo estiver certo o exame é enviado para a central de laudos onde será laudado e devolvido a unidade de saúde.

Resultados

A mamografia possui uma escala exclusiva para indicar o resultado do exame chamada “BI-RADS” (Breast Imaging-Reporting and Data System) que vai de 0 a 6.

• 0 – Achados inconclusivos que necessitam complementação (outra mamografia ou ultrassonografia ou ressonância da mama).

• 1 e 2 – Nada detectado. Paciente liberada com indicação para refazer o exame após um ano.

• 3 – Alteração benigna. Paciente liberada com indicação para refazer o exame após seis meses.

• 4 – Lesão suspeita. 30% a 70% de chances de câncer. Fazer biopsia.

• 5 – Lesão altamente suspeita. 95% de chances de câncer. Fazer biopsia e cirurgia.

• 6 – Tumor comprovado por biopsia que está sendo reavaliado.

“Vale ressaltar que a agilidade é fundamental para esses casos. Quanto antes for investigado e descoberto o tumor, maiores serão as chances de tratamento e cura”, acrescenta Dra. Suzan.