São muitos os estudos que indicam que a hospitalização pode afetar o desenvolvimento da criança, interferindo na sua qualidade de vida. Para lidar com essa situação, o brincar tem funcionado como estratégia de enfrentamento da doença. Criar um ambiente de saúde adaptado ao universo infantil é importante para que o tratamento seja percebido não como uma situação de trauma, mas como um processo transitório. O brincar pode ser um recurso adequado para a adaptação da criança hospitalizada, permitindo personalizar a intervenção.
Dentre as estratégias utilizadas por crianças para enfrentar condições estressantes encontra-se o brincar, recurso utilizado tanto pela criança, como pelos profissionais do hospital, para lidarem com as adversidades da hospitalização. A importância do brincar na situação hospitalar ganhou relevância social, principalmente, a partir do trabalho do médico Patch Adams, nos Estados Unidos da América, cuja história pessoal foi popularizada através do cinema.
Existe uma legislação específica – Lei Nº 11.104/ 2005 – que dispõe sobre a obrigatoriedade de brinquedotecas em unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação. Estes espaços devem estimular as crianças e seus acompanhantes a brincar.
Ana Paula Naffah Perez, arquiteta, diretora de projetos da C + A Arquitetura e Interiores.
Flickr: http://www.flickr.com/photos/cmaisa/sets/72157622950402030