A empresa alemã Grünenthal, criador da talidomida, será julgada nesta segunda-feira (14) em Madri, na Espanha. É o primeiro julgamento no país europeu contra a farmacêutica, cujo produto é acusado de provocar malformações em crianças de todo o mundo desde a década de 1950. A associação de vítimas da talidomida no País espera que as pessoas afetadas sejam ?recompensadas pelo sofrimento?.
Caso a sentença seja favorável, seria a primeira vez que o laboratório alemão Grünenthal seria considerado oficialmente responsável pelas deformações. A ação pede 204 milhões de euros como indenização para os cerca de 180 membros da associação. A Avite estima que o número total de vítimas no País, muitas delas já falecidas, pode chegar a 3 mil pessoas.
Entre o fim dos anos 50 e início dos anos 60, a talidomida era usualmente prescrita para mulheres grávidas como forma de combater as náuseas. O medicamento ainda é indicado para doenças como hanseníase e mieloma múltiplo no Brasil, onde ainda é acusado de causar deformações em fetos. Em 2012 a Grünenthal pediu perdão publicamente pelo longo silêncio a respeito do caso.
* com agências internacionais