De acordo com a última pesquisa publicada pelo Ibope, de um de setembro de 2010, o candidato do PSB ao governo do Espírito Santo, Renato Casagrande, está disparado, com 60% das intenções de voto, à frente do segundo colocado. Luiz Paulo, do PSDB, é que, por enquanto, está na vice liderança, com 13%. O percentual de indecisos chega a ultrapassar os que optam por Paulo, com 15%.  
O Saúde Business Web foi atrás das propostas dos dois candidatos. Confira os principais tópicos.
Renato Casagrande
As ações de governo na promoção da saúde da população são compreendidas como um conjunto amplo e complexo de atividades e investimentos que passam pelas condições básicas de habitação – moradia, saneamento, abastecimento de água -, de educação, de cultura e de comportamento – alimentação, higiene, exercícios físicos -, dentre outras, bem como de fatores relacionados com as condições econômicas dos diversos segmentos da sociedade.
DIRETRIZES

  • Fortalecimento da Atenção Primária
  • Redução da Mortalidade Infantil/Neonatal;
  • Redução da mortalidade materna;
  • Redução das complicações das doenças crônicas;
  • Implantação das redes regionais resolutivas de serviços de saúde;
  • Descentralização administrativa e de serviços/municipalização;
  • Fortalecimento Regional;
  • Novas alternativas de gestão: hospitalar e outros serviços;
  • Melhoria do atendimento à população;
  • Mobilização intersetorial para enfrentamento da violência;
  • Implementação da macro função Regulação.
  • Fortalecimento do Controle Social no Sistema Estadual de Saúde”.

Os programas serão estruturados obedecendo às orientações gerais já definidas e resumidamente indicadas acima, e abordarão as seguintes linhas principais:

  • Programas para melhorar a atenção básica e a prevenção;
  • Novos modelos de gestão que privilegiem a desburocratização e agilidade no provimento dos serviços;
  • Complementação das redes hierarquizadas de atendimento com prioridade para o desenvolvimento regional equilibrado dos investimentos;
  • Programas voltados para o atendimento a grupos específicos: negros, mulheres e outros;

 Aprofundamento do uso de tecnologias de informação e comunicação como ferramenta de gestão e de melhoria do atendimento aos usuários;

  • Programas voltados para melhorar a articulação com os demais atores na prestação de serviços em saúde;
  • Valorização do profissional de saúde, via capacitação profissional, condições adequadas de trabalho, salários e quadros compatíveis com as necessidades de ampliação da oferta de serviços;
  • Adequação da rede de atendimento com vistas a ampliar a oferta de serviços;

Luiz Paulo
A insuficiência e as diferenças regionais na oferta de serviços são desafios permanentes da saúde pública. Muito embora o SUS seja um dos melhores e mais abrangentes sistemas de saúde pública do mundo, a prestação de bons serviços nesse setor requer o funcionamento harmônico e integrado de diferentes níveis de governo, do setor público e do privado numa articulação microrregional de soluções. Para isso é fundamental o papel de articulação e liderança dos governos estaduais.
Desafios

  • Ampliação da cobertura do Programa de Saúde da Família (PSF).
  • Fortalecer o planejamento estratégico da saúde, com a participação dos profissionais da saúde, e o monitoramento do nível de atendimento e da satisfação dos usuários.
  • Regionalizar o atendimento de saúde, dotando cada microrregião de centros de especialidades e de atenção de média e alta complexidade, e promovendo a articulação das ações por meio de consórcios municipais, visando a redução em 50% nos deslocamentos de pacientes em relação ao que ocorre atualmente.
  • Aumentar a capacidade de atendimento do sistema por meio da ampliação de sua rede física, de novos métodos de gestão e da racionalização do seu funcionamento.
  • Ampliar a rede de distribuição de medicamentos, em especial para os portadores de doenças crônicas.
  • Por meio da articulação regional, fortalecer as políticas públicas para a redução da mortalidade infantil, tendo por meta um patamar estadual inferior a 10 óbitos por mil nascidos vivos.